Meu último namoro começou sem muito propósito. Nos conhecemos em meio a uma multidão, trocamos algumas boas palavras antes de trocarmos bons olhares. Nada que me fizesse derreter em sonhos ou suspirar de emoção no dia seguinte. Apenas mais alguns encontros interessantes, que preencheriam minhas horas com sorrisos singelos e olhares contentes. Um despertar até empolgante. E quando nos demos conta, já estávamos a passear entrelaçados a um bom sentimento e companhia. Passamos a conhecer mais coisas em comum e compartilhar tantas outras experiências novas. Uma história à dois bacana, cheia de aprendizados. E só.
Para falar a verdade, nunca tive aqueles namoros avassaladores. De perder noites em pensamentos, de telefonemas desesperados de saudade e angústia a cada som dos ponteiros do relógio à espera de mais um encontro. Algo parecido aconteceu em pequenas paixões deixadas ao longo da vida. Nada registrado em namoro oficial.
Hoje na pausa de um sinal na tão grande cidade que viajo, vi um casal entorpecido de amor. Muito carinho, uma cumplicidade literalmente admirável. Me perdi na cena, até ser interrompida por algum mal amado buzinando enlouquecedoramente atrás de mim.
Os mesmos 500m que todos os dias passo até chegar ao trabalho, ganharam um novo significado. Ganhei um desejo de amar de novo. Uma busca que não mais pertencia ao meu pobre e disfarçado coração. Sorri do nada e me contagiei com o amor dos outros.
Renasci em mim. Como uma pequena semente, passível de ser plantada. Me devolvi ao mundo. Em contrato, me ofereço a promessa de amar de novo. E quantas vezes for preciso. Em alma, me abro e me dôo em esperança para tantos outros re-começos. Em corpo, me desfaço de preconceitos e me aceito de volta, do jeito que sou.
Simplesmente pensar no amor já revigorou meu status de viver. Se já é o amor? Não sei. Mas enquanto houver amor, faremos as pazes de novo.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Amor sem escalas
Não trabalho no departamento de contos de fadas, mas tenho uma história de amor capaz de desbancar qualquer princesa com castelo encantado.
O conheci ainda no tempo da faculdade. Eu, apenas uma colega de sala, com cara de nerd e corpo de menina. Ele, o gato da turma. Jamais imaginei uma possível paquera nessa relação, até que um dia eu tropecei no acaso e me esbarrei no grande amor da minha vida.
Fim do ano letivo, meio de um Happy Hour, início de uma história de amor. Foi preciso apenas de um dia para saber que aquele momento se eternizaria. Algo de muito especial aconteceu naquela noite... Algo que, emocionalmente, nos uniria por muitos e muitos anos. Como se por conta de um beijo, ele tivesse me transformado de menina, em mulher.
Eu só não sabia que em pouco tempo eu perderia aquele cheiro de felicidade que tomava conta da minha vida. As malas já estavam prontas e ele partiria para longe do meu coração.
Ele foi morar em outro estado e naquela época Bill Gates ainda não tinha revolucionado o mundo, tecnologicamente falando... perdemos o contato. Ele apenas sobrevivia nas lembranças que deixou em cada curva do meu corpo.
Aquelas lembranças não mereciam ser esquecidas e o destino tratou de colocá-lo em meu caminho novamente. Anos depois, um encontro no aeroporto mudaria novamente os nossos projetos e os nossos sentimentos.
Foram carnavais, praias, e-mails e músicas. Viagens, telefonemas, mensagens e saudade. Pura saudade. Trilhas, suspense, nudismo e encontros marcados. Pura aventura. Uma vontade de sentir, de estar perto, de querer bem. De querer. Puro desejo. Promessas, cervejas, banhos e lembranças. Pura paixão.
Qualquer tempo que passamos juntos, ao invés de amenizar a saudade, ela só aumenta. Não era para ser o contrário? Basta ligar a TV e ver uma série no canal fechado que lembramos um do outro. Vontade de viver tudo de novo... de novo... e de novo.
E a cada escala, a cada conexão, a cada parada nos aeroportos de viagens a trabalho ou de férias, precisamos matar a saudade. Mesmo não estando juntos, adoramos nos reencontrar.
Tenho medo de algum dia ele ligar e eu não poder mais atender... Tenho receio de que esse amor acabe, se é que ele há de acabar... Temos vontade de viver simples coisas do dia a dia, como andar de mãos dadas numa tarde de domingo sem pensar no horário do próximo vôo.
Mas ele continua indo embora... e eu continuo ficando... vendo ele levar partes de mim que antes eu nem sentia falta...
O conheci ainda no tempo da faculdade. Eu, apenas uma colega de sala, com cara de nerd e corpo de menina. Ele, o gato da turma. Jamais imaginei uma possível paquera nessa relação, até que um dia eu tropecei no acaso e me esbarrei no grande amor da minha vida.
Fim do ano letivo, meio de um Happy Hour, início de uma história de amor. Foi preciso apenas de um dia para saber que aquele momento se eternizaria. Algo de muito especial aconteceu naquela noite... Algo que, emocionalmente, nos uniria por muitos e muitos anos. Como se por conta de um beijo, ele tivesse me transformado de menina, em mulher.
Eu só não sabia que em pouco tempo eu perderia aquele cheiro de felicidade que tomava conta da minha vida. As malas já estavam prontas e ele partiria para longe do meu coração.
Ele foi morar em outro estado e naquela época Bill Gates ainda não tinha revolucionado o mundo, tecnologicamente falando... perdemos o contato. Ele apenas sobrevivia nas lembranças que deixou em cada curva do meu corpo.
Aquelas lembranças não mereciam ser esquecidas e o destino tratou de colocá-lo em meu caminho novamente. Anos depois, um encontro no aeroporto mudaria novamente os nossos projetos e os nossos sentimentos.
Foram carnavais, praias, e-mails e músicas. Viagens, telefonemas, mensagens e saudade. Pura saudade. Trilhas, suspense, nudismo e encontros marcados. Pura aventura. Uma vontade de sentir, de estar perto, de querer bem. De querer. Puro desejo. Promessas, cervejas, banhos e lembranças. Pura paixão.
Qualquer tempo que passamos juntos, ao invés de amenizar a saudade, ela só aumenta. Não era para ser o contrário? Basta ligar a TV e ver uma série no canal fechado que lembramos um do outro. Vontade de viver tudo de novo... de novo... e de novo.
E a cada escala, a cada conexão, a cada parada nos aeroportos de viagens a trabalho ou de férias, precisamos matar a saudade. Mesmo não estando juntos, adoramos nos reencontrar.
Tenho medo de algum dia ele ligar e eu não poder mais atender... Tenho receio de que esse amor acabe, se é que ele há de acabar... Temos vontade de viver simples coisas do dia a dia, como andar de mãos dadas numa tarde de domingo sem pensar no horário do próximo vôo.
Mas ele continua indo embora... e eu continuo ficando... vendo ele levar partes de mim que antes eu nem sentia falta...
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Independência ou Homem?
A maioria das minhas amigas, inteligentes, bem sucedidas e independentes, está solteira. Isso me diz muito sobre os homens. Meus amigos inteligentes, bem sucedidos e independentes estão namorando, em sua maioria, com meninas acéfalas, dependentes de pai e mãe ou ingênuas o suficiente para não ter opinião própria. Isso me diz muito sobre os homens.
Os caras que eu conheço através de amigos, baladas, redes sociais, academias, padarias, ou em batidas de trânsito, têm sempre a mesma teoria: “Seu namorado tem sorte. Não é fácil encontrar uma mulher bonita, independente e interessante como você”. Até descobrirem que eu não tenho namorado. E ai o discurso muda: “Mas como assim? Impossível!!! Ah se eu tivesse a sorte de ter uma garota como você.” Não tem, por que só sabe falar isso. E a sorte não é dele, é minha. Por que um cara que pensa isso e não aproveita a garota que conheceu, é por que tem algum problema...
Ele pode ter nascido sem o dispositivo de namoro na configuração da vaca-mãe. Ou será que ele nasceu com os resquícios do século XVI, onde: manda o homem que pode e obedece a mulher que tem juízo?
Ser independente e ganhar bem assusta é? Novidade. Mas eu permaneço solteira. E moderna! Trabalho numa empresa super bacana e pago todas as minhas contas! Pago meus luxos, minhas bebidas, meus mimos, meu carro e de vez em quando um motel quando esbarro num cara lindo e dependente de pai e mãe.
Perguntei a um dos meus irmãos se ele namoraria com uma mulher que ganhasse mais que ele e a resposta foi instantânea: “Claro!” Seguida de um: “se ela não tivesse que pagar nada para mim, era tranqüilo”. Achei aquela resposta interessantíssima e como ferida só fica boa de mostrar, quando a gente mexe, ‘cutuquei vara com cobra curta’ (permitam-me a licença poética). Coninuei: E você casaria com uma mulher que ganhasse mais que você? “Sim, casaria. Mas depois arranjaria um emprego melhor para poder sustentar a casa ou não ia dar certo por muito tempo.” Por que? Isso interfere diretamente no seu desempenho sexual? E o silêncio se fez. Fiquei sem resposta até hoje. Isso me diz muito a respeito dos homens.
Vou me transformar em uma menina do interior, que veio para a capital estudar, me comportar como menina amarela, ingênua que não gosta de balada. E vou gastar meu dinheiro na profissão de dondoca. Pagar minhas riquezas, minhas depilações e idas aos shoppings. Quem sabe me matricular em outra faculdade só para justificar que eu realmente vim do interior... só para não revelar que eu tenho um bom emprego, moro sozinha, sou bonita e inteligente por que Deus quis. Talvez assim eu case cedo. Quem ganha mais com isso? Não sei. Mas, prá não depender de pai e mãe e saber dizer um pouco mais sobre o que eu penso dos homens, toda tentativa é válida.
Os caras que eu conheço através de amigos, baladas, redes sociais, academias, padarias, ou em batidas de trânsito, têm sempre a mesma teoria: “Seu namorado tem sorte. Não é fácil encontrar uma mulher bonita, independente e interessante como você”. Até descobrirem que eu não tenho namorado. E ai o discurso muda: “Mas como assim? Impossível!!! Ah se eu tivesse a sorte de ter uma garota como você.” Não tem, por que só sabe falar isso. E a sorte não é dele, é minha. Por que um cara que pensa isso e não aproveita a garota que conheceu, é por que tem algum problema...
Ele pode ter nascido sem o dispositivo de namoro na configuração da vaca-mãe. Ou será que ele nasceu com os resquícios do século XVI, onde: manda o homem que pode e obedece a mulher que tem juízo?
Ser independente e ganhar bem assusta é? Novidade. Mas eu permaneço solteira. E moderna! Trabalho numa empresa super bacana e pago todas as minhas contas! Pago meus luxos, minhas bebidas, meus mimos, meu carro e de vez em quando um motel quando esbarro num cara lindo e dependente de pai e mãe.
Perguntei a um dos meus irmãos se ele namoraria com uma mulher que ganhasse mais que ele e a resposta foi instantânea: “Claro!” Seguida de um: “se ela não tivesse que pagar nada para mim, era tranqüilo”. Achei aquela resposta interessantíssima e como ferida só fica boa de mostrar, quando a gente mexe, ‘cutuquei vara com cobra curta’ (permitam-me a licença poética). Coninuei: E você casaria com uma mulher que ganhasse mais que você? “Sim, casaria. Mas depois arranjaria um emprego melhor para poder sustentar a casa ou não ia dar certo por muito tempo.” Por que? Isso interfere diretamente no seu desempenho sexual? E o silêncio se fez. Fiquei sem resposta até hoje. Isso me diz muito a respeito dos homens.
Vou me transformar em uma menina do interior, que veio para a capital estudar, me comportar como menina amarela, ingênua que não gosta de balada. E vou gastar meu dinheiro na profissão de dondoca. Pagar minhas riquezas, minhas depilações e idas aos shoppings. Quem sabe me matricular em outra faculdade só para justificar que eu realmente vim do interior... só para não revelar que eu tenho um bom emprego, moro sozinha, sou bonita e inteligente por que Deus quis. Talvez assim eu case cedo. Quem ganha mais com isso? Não sei. Mas, prá não depender de pai e mãe e saber dizer um pouco mais sobre o que eu penso dos homens, toda tentativa é válida.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
FÓRMULA DO AMOR
Sempre me senti de calças curtas quando alguém me pergunta “Porque você não está namorando?”. Fato é que eu nunca fui de programar minha vida e calcular quando eu deveria estar namorando, a idade exata em que eu me casaria, teria filhos, e etc. Talvez por isso nunca estive procurando ou fugindo de um possível romance. Apenas vou vivendo, esperando que as minhas escolhas não planejadas, me reservem um futuro bom. Mas, ao que me parece, essa pergunta quando feita, tem como expectativa uma resposta sucinta, sincera e direta, do tipo:
QUESTÃO DE VESTIBULAR:
Sendo A um indivíduo solteiro, jovem, atraente e com diversos predicados que te caracterizariam como um(a) bom(a) namoro(a), qual a alternativa que melhor justifica o fato de ainda não estar namorando ou casado ou num relacionamento sério, monogâmico e restrito:
A. O indivíduo não é adepto da monogamia e acredita que a felicidade esta mesmo em ter vários parceiros(as), peguetes, paqueras e etc.
B. O indivíduo apesar de ter excelentes qualidades, tem defeitos que nenhum outro indivíduo seria capaz de suportar na condição de cônjuge, namorado(a), ou qualquer status que caracterize compromisso.
C. O indivíduo acredita que não existem mais pessoas de bem, que possam compartilhar momentos a dois com cumplicidade, lealdade e bem querer.
D. O indivíduo até gostaria de se comprometer, mas aí percebe que o verão, o réveillon, o carnaval, a semana santa, o são João, o Sauípe Folia, o Sauípe Fest e todas as outras festa do ano estão tão próximas.
E. Com certeza, se a minha aprovação dependesse dessa questão, eu estaria DESCLASSIFICADA.
Sim, o fato de eu ainda estar solteira tem influência de todas essas respostas, mas ao mesmo tempo de nenhuma delas. E explicar o verdadeiro motivo, necessitaria de um mergulho tão profundo em mim mesma, que dificilmente conseguiria resumi-lo em duas linhas.
Provavelmente, devo ter deixado escapar pessoas especiais porque estava em um momento de prezar pela minha liberdade, ou em um momento de conhecer novas pessoas, por estar desiludida com os relacionamentos passados, ou por ter usado como desculpa para não me apegar o defeito mais idiota encontrado no outro. Mas a verdade é que para mim, se apaixonar se comporta mais ou menos como a formação do ar. Vários gases se formam, sabe-se lá como (nunca gostei muito de química) e vão se unindo de forma complexa, até formar o ar que respiramos. Ah! E respirar é tão bom. Mas se me mandassem analisar e repetir de maneira impecável todo o processo e fórmulas responsáveis pela sua formação eu nunca saberia. E mesmo que soubesse e quisesse reproduzi-lo, muitas influências externas poderiam prejudicar a formação do meu ar. No entanto, fico satisfeita em saber que as forças da natureza agem para que ele esteja lá, todos os dias para ser respirado. E por mais que este processo pareça tão natural e involuntário para nós, ele é complexo e depende de muitos fatores.
Se comprometer é tão complexo quanto. E mesmo que eu quisesse elaborar a fórmula do relacionamento bem sucedido, uma série de outros eventos poderiam interferir no meu experimento. Felizmente, com um pouquinho de comprometimento e ajuda dos astros todos nós acharemos a tampa da nossa panela, ainda que seja um cachorro ou o livro perfeito.
QUESTÃO DE VESTIBULAR:
Sendo A um indivíduo solteiro, jovem, atraente e com diversos predicados que te caracterizariam como um(a) bom(a) namoro(a), qual a alternativa que melhor justifica o fato de ainda não estar namorando ou casado ou num relacionamento sério, monogâmico e restrito:
A. O indivíduo não é adepto da monogamia e acredita que a felicidade esta mesmo em ter vários parceiros(as), peguetes, paqueras e etc.
B. O indivíduo apesar de ter excelentes qualidades, tem defeitos que nenhum outro indivíduo seria capaz de suportar na condição de cônjuge, namorado(a), ou qualquer status que caracterize compromisso.
C. O indivíduo acredita que não existem mais pessoas de bem, que possam compartilhar momentos a dois com cumplicidade, lealdade e bem querer.
D. O indivíduo até gostaria de se comprometer, mas aí percebe que o verão, o réveillon, o carnaval, a semana santa, o são João, o Sauípe Folia, o Sauípe Fest e todas as outras festa do ano estão tão próximas.
E. Com certeza, se a minha aprovação dependesse dessa questão, eu estaria DESCLASSIFICADA.
Sim, o fato de eu ainda estar solteira tem influência de todas essas respostas, mas ao mesmo tempo de nenhuma delas. E explicar o verdadeiro motivo, necessitaria de um mergulho tão profundo em mim mesma, que dificilmente conseguiria resumi-lo em duas linhas.
Provavelmente, devo ter deixado escapar pessoas especiais porque estava em um momento de prezar pela minha liberdade, ou em um momento de conhecer novas pessoas, por estar desiludida com os relacionamentos passados, ou por ter usado como desculpa para não me apegar o defeito mais idiota encontrado no outro. Mas a verdade é que para mim, se apaixonar se comporta mais ou menos como a formação do ar. Vários gases se formam, sabe-se lá como (nunca gostei muito de química) e vão se unindo de forma complexa, até formar o ar que respiramos. Ah! E respirar é tão bom. Mas se me mandassem analisar e repetir de maneira impecável todo o processo e fórmulas responsáveis pela sua formação eu nunca saberia. E mesmo que soubesse e quisesse reproduzi-lo, muitas influências externas poderiam prejudicar a formação do meu ar. No entanto, fico satisfeita em saber que as forças da natureza agem para que ele esteja lá, todos os dias para ser respirado. E por mais que este processo pareça tão natural e involuntário para nós, ele é complexo e depende de muitos fatores.
Se comprometer é tão complexo quanto. E mesmo que eu quisesse elaborar a fórmula do relacionamento bem sucedido, uma série de outros eventos poderiam interferir no meu experimento. Felizmente, com um pouquinho de comprometimento e ajuda dos astros todos nós acharemos a tampa da nossa panela, ainda que seja um cachorro ou o livro perfeito.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Amizade Colorida
Toda mulher já pensou em como seria se envolver com seu melhor amigo. Ele pode ser lindo, ser feio, ser magro demais, ser gordinho, ser muito mais alto que você, ou até mesmo um pigmeu. Algo que naturalmente vocês não teriam se atraído fisicamente, mas se ele é seu melhor amigo, vocês buscaram algo entre si, que despertou afinidade e vocês apostaram em outro tipo de relação inicial, e por isso, vocês se aproximaram e se permitiram se conhecer melhor. E nesse processo, em algum momento, passou pela sua cabeça como seria se vocês namorassem.
Eu particularmente, já pensei. E essa intimidade que a relação de grandes amigos trás, me fez ter a oportunidade de experimentar um pouco essa inversão dos papeis e confundirmos um pouco nossas pernas... e acabamos ficando. Na hora foi um dos melhores momentos que passamos juntos. Nos divertimos, rimos de outro jeito, nos olhamos de forma diferente e nos curtimos com vontade de viver aquele momento.
Muito natural e gostoso de sentir. Até pegarmos no sono juntos e acordarmos abraçadinhos no dia seguinte. Acho que muito da atitude de timidez foi minha. Acordei meio sem graça, sem querer conversar, então fingi que não tinha visto que ele já tinha acordado e levantei sem tempo dele falar alguma coisa.
A situação ficou um pouco embaraçosa, por que iríamos passar o dia juntos. Então eu não tinha aquela desculpa de “tive que ir embora”, por isso respirei fundo e encarei como se nada tivesse acontecido. Fui preparar o café, como de costume, e aproveitei a demora dele levantar da cama para tomar um belo e demorado banho, para lavar os pensamentos de arrependimento.
Arrependimento? Mas eu não estava arrependida! Nem um pouco. Mas meu inconsciente não me deixava pensar o contrário. Pensei, repensei, lembrei dos anos de amizade e foquei nas atitudes que seriam comuns se nada tivesse acontecido.
Voltei no quarto e fiz a criatura deixar a preguiça de lado, por que a praia já estava nos esperando e ainda tínhamos que acordar o resto da galera.
Essa foi a melhor das atitudes que eu podia tomar, pois pareceu que tudo estava na mais perfeita ordem e que nossas expressões não iriam dedurar para todo mundo que a gente tinha pintado a amizade de colorido.
O dia não podia ter sido melhor. Brincadeiras, risadas, histórias e centenas de latinhas de cerveja, fizeram aquele dia ser especial, como muitos outros dias que passamos juntos.
Hora de voltar para casa. Todos se despedem e nós pegamos o caminho de volta. Víamos nos olhos um do outro que não queríamos voltar para casa sozinhos, pelo menos não antes de ficarmos um pouco a sós. Não sabíamos por que, mas sentíamos isso... até que ele resolveu tomar a iniciativa e convidar para mais uma latinha de cerveja, a qual não tomaríamos...
Em qualquer dia diferente daquele, aquilo ia ser a coisa mais normal do mundo. Mas eu queria ir conversar com ele. Precisava falar do que aconteceu, mesmo não sabendo o que eu queria falar. E voltamos juntos, fofocando e planejando nossos futuros como em todas as tardes de domingo.
Na porta de casa já não falamos mais nada... apenas nos olhamos e nos beijamos. Passamos horas assim. Perdemos a hora. Não queríamos nos despedir e não podíamos mais ficar juntos. A vida continuava e até que o próximo final de semana chegasse, nos falaríamos todos os dias, mas não nos veríamos.
Que sensação estranha. Uma delícia de sentir, mas com um ar de que algo de errado e de maravilhoso acontecia entre a gente. Será que nossos sentimentos mudariam a partir daquele instante? Será que ficaríamos juntos? Ou a amizade, acima de tudo, iria prevalecer?
Deixamos o destino escrever por nós. E virou amor. Um amor que somente grandes amigos, verdadeiros amigos, sabem explicar. E sabem conviver. Não estamos juntos como homem e mulher. Na verdade, cada um encontrou a sua metade da laranja e o quarteto convive com muita harmonia e discrição.
Mas temos uma linha invisível que nos ligará para o resto da vida. E nos levará ao altar, à maternidade, aos batizados e a todos os outros acontecimentos da vida, até que a morte nos separe.
Eu particularmente, já pensei. E essa intimidade que a relação de grandes amigos trás, me fez ter a oportunidade de experimentar um pouco essa inversão dos papeis e confundirmos um pouco nossas pernas... e acabamos ficando. Na hora foi um dos melhores momentos que passamos juntos. Nos divertimos, rimos de outro jeito, nos olhamos de forma diferente e nos curtimos com vontade de viver aquele momento.
Muito natural e gostoso de sentir. Até pegarmos no sono juntos e acordarmos abraçadinhos no dia seguinte. Acho que muito da atitude de timidez foi minha. Acordei meio sem graça, sem querer conversar, então fingi que não tinha visto que ele já tinha acordado e levantei sem tempo dele falar alguma coisa.
A situação ficou um pouco embaraçosa, por que iríamos passar o dia juntos. Então eu não tinha aquela desculpa de “tive que ir embora”, por isso respirei fundo e encarei como se nada tivesse acontecido. Fui preparar o café, como de costume, e aproveitei a demora dele levantar da cama para tomar um belo e demorado banho, para lavar os pensamentos de arrependimento.
Arrependimento? Mas eu não estava arrependida! Nem um pouco. Mas meu inconsciente não me deixava pensar o contrário. Pensei, repensei, lembrei dos anos de amizade e foquei nas atitudes que seriam comuns se nada tivesse acontecido.
Voltei no quarto e fiz a criatura deixar a preguiça de lado, por que a praia já estava nos esperando e ainda tínhamos que acordar o resto da galera.
Essa foi a melhor das atitudes que eu podia tomar, pois pareceu que tudo estava na mais perfeita ordem e que nossas expressões não iriam dedurar para todo mundo que a gente tinha pintado a amizade de colorido.
O dia não podia ter sido melhor. Brincadeiras, risadas, histórias e centenas de latinhas de cerveja, fizeram aquele dia ser especial, como muitos outros dias que passamos juntos.
Hora de voltar para casa. Todos se despedem e nós pegamos o caminho de volta. Víamos nos olhos um do outro que não queríamos voltar para casa sozinhos, pelo menos não antes de ficarmos um pouco a sós. Não sabíamos por que, mas sentíamos isso... até que ele resolveu tomar a iniciativa e convidar para mais uma latinha de cerveja, a qual não tomaríamos...
Em qualquer dia diferente daquele, aquilo ia ser a coisa mais normal do mundo. Mas eu queria ir conversar com ele. Precisava falar do que aconteceu, mesmo não sabendo o que eu queria falar. E voltamos juntos, fofocando e planejando nossos futuros como em todas as tardes de domingo.
Na porta de casa já não falamos mais nada... apenas nos olhamos e nos beijamos. Passamos horas assim. Perdemos a hora. Não queríamos nos despedir e não podíamos mais ficar juntos. A vida continuava e até que o próximo final de semana chegasse, nos falaríamos todos os dias, mas não nos veríamos.
Que sensação estranha. Uma delícia de sentir, mas com um ar de que algo de errado e de maravilhoso acontecia entre a gente. Será que nossos sentimentos mudariam a partir daquele instante? Será que ficaríamos juntos? Ou a amizade, acima de tudo, iria prevalecer?
Deixamos o destino escrever por nós. E virou amor. Um amor que somente grandes amigos, verdadeiros amigos, sabem explicar. E sabem conviver. Não estamos juntos como homem e mulher. Na verdade, cada um encontrou a sua metade da laranja e o quarteto convive com muita harmonia e discrição.
Mas temos uma linha invisível que nos ligará para o resto da vida. E nos levará ao altar, à maternidade, aos batizados e a todos os outros acontecimentos da vida, até que a morte nos separe.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Coração Futebol Clube
Estou apaixonada de novo. Só que dessa vez, por dois. Que jogo de amor é esse?
Sempre que meu coração entra em campo parece uma disputa de Fla x Flu com o Maracanã lotado, sem importar se é amistoso ou final de campeonato. Mas é muita emoção e oscilação de sentimento em tão pouco espaço de tempo.
O que acontece é que tem um que estou saindo há um tempo e essa convivência fez com que eu me encantasse por ele. Cada dia uma admiração nova, um encantamento diferente, um motivo a mais para gostar. Um acordo temporário, sem fechamento de contrato. E entre os intervalos dos treinos e jogos oficiais, um cara em status de pendência, ficou solteiro e me procurou. Sempre tive uma queda por ele. Uma queda não, quase um suicídio, um salto livre no penhasco, um chute perdido na cara do gol. E o fato dele está me dando mole agora, só colabora para aumentar o meu desejo e minha empolgação pelo novo investimento. Nesse cenário, meu desespero sentimental de sempre, volta a marcar no placar.
A dúvida é apostar no time que tem um bom ataque ou no grupo que acaba tendo a melhor defesa do sistema desportivo amoroso S.A.
Se eu for colocar na balança, o desempenho não está em dia, por que a torcida do Flamengo aposta na segunda contratação, pois a avaliação da diretoria considera que tivemos, de certa forma, uma história ao longo desses anos. E que, além disso, apesar de uma boa performance do técnico adversário, ele não consegue tomar uma posição efetiva para permanecer na liderança da tabela.
Consegue entender agora a posição da jogadora que está sendo negociada? O lado positivo disso tudo é constatar a valorização do passe. Não é sempre que a gente é cotada por times importante e com bom posicionamento.
É uma decisão difícil de tomar. Afinal, trocar o certo pelo duvidoso nem sempre tem o desfeche que planejamos. Por isso continuo com o olho no lance e curtindo o que isso trouxe de melhor: o sentimento da paixão. Revigora, estimula, satisfaz, anima, liberta, compensa, e acima de tudo, constrói um trabalho de base fundamental para continuar em atividade. Um verdadeiro oferecimento do Coração Futebol Clube.
Sempre que meu coração entra em campo parece uma disputa de Fla x Flu com o Maracanã lotado, sem importar se é amistoso ou final de campeonato. Mas é muita emoção e oscilação de sentimento em tão pouco espaço de tempo.
O que acontece é que tem um que estou saindo há um tempo e essa convivência fez com que eu me encantasse por ele. Cada dia uma admiração nova, um encantamento diferente, um motivo a mais para gostar. Um acordo temporário, sem fechamento de contrato. E entre os intervalos dos treinos e jogos oficiais, um cara em status de pendência, ficou solteiro e me procurou. Sempre tive uma queda por ele. Uma queda não, quase um suicídio, um salto livre no penhasco, um chute perdido na cara do gol. E o fato dele está me dando mole agora, só colabora para aumentar o meu desejo e minha empolgação pelo novo investimento. Nesse cenário, meu desespero sentimental de sempre, volta a marcar no placar.
A dúvida é apostar no time que tem um bom ataque ou no grupo que acaba tendo a melhor defesa do sistema desportivo amoroso S.A.
Se eu for colocar na balança, o desempenho não está em dia, por que a torcida do Flamengo aposta na segunda contratação, pois a avaliação da diretoria considera que tivemos, de certa forma, uma história ao longo desses anos. E que, além disso, apesar de uma boa performance do técnico adversário, ele não consegue tomar uma posição efetiva para permanecer na liderança da tabela.
Consegue entender agora a posição da jogadora que está sendo negociada? O lado positivo disso tudo é constatar a valorização do passe. Não é sempre que a gente é cotada por times importante e com bom posicionamento.
É uma decisão difícil de tomar. Afinal, trocar o certo pelo duvidoso nem sempre tem o desfeche que planejamos. Por isso continuo com o olho no lance e curtindo o que isso trouxe de melhor: o sentimento da paixão. Revigora, estimula, satisfaz, anima, liberta, compensa, e acima de tudo, constrói um trabalho de base fundamental para continuar em atividade. Um verdadeiro oferecimento do Coração Futebol Clube.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Mania Sensual
Eu sou cheia de manias. Uma delas é só usar peças íntimas que combinem entre si e com a roupa que vou usar. Não me pergunte como isso começou, pois tenho lembranças de fazer isso desde pequena.
Hoje em especial, eu acordei super atrasada para ir trabalhar e não pude pensar duas vezes em qual roupa vestir. Por isso peguei a mais básica e prática que tinha no armário. Modelito escolhido ficaria faltando apenas abrir a gaveta e pegar o primeiro conjunto íntimo que tivesse acessível. Peguei e vesti sem nem pensar duas vezes, importante mesmo era que combinasse a peça de cima com peça de baixo e com a roupa que pulou do armário.
Só que quando eu cheguei no trabalho, alguma coisa mexeu comigo e eu fiquei num fogo de já querer marcar algum merengue para o Happy Hour no final do dia. Não fazia idéia do que era, mas estava animada para tomar um chopp e bater papo.
Estava me sentindo bem, feminina e usando toda a sensualidade do meu sotaque baiano. Custei a acreditar que tinha acordado de bom-humor em plena segunda-feira. Mas era possível. É que foi tudo tão corrido com o atraso do despertar, que não tinha parado para raciocinar o começo do meu dia, da minha semana.
Me contagiei tanto com minha própria animação que consegui convencer meio mundo de gente a sair comigo naquele dia. Parecia quinta-feira, véspera de feriado prolongado!
Até esse momento, eu estava sentada na minha mesa, revisando toda as demandas cheias de prioridades que eu tinha a dar conta. E na primeira necessidade de mudar de ambiente, percebo que eu tinha vestido uma calcinha quase fio dental.
Trinta segundos de pânico, imaginando que alguém do trabalho pudesse ter percebido o meu alto grau de sensualidade interna, corri para o espelho para confirmar se eu estava dando bandeira ou marcando a vida de alguém.
Ufa! Eu era uma pessoa normal. E com certeza aquele sorriso no rosto logo de manhã cedo era o significado da calcinha que subiu prá cabeça de forma instintiva e se manifestava na minha empolgação. Uau! Que poder! Gostei!
Melhor de tudo era lembrar que de cada 40 “partes íntimas” que eu tinha na minha coleção, apenas 01 possuía aquele design diferenciado. Quase um jogo de loteria. Se eu soubesse desse poder de interferência direta na minha auto-estima de forma tão positiva, já tinha trocado o layout de todas, desde o momento da compra.
Vou começar a prestar mais atenção nas minhas manias. Uma hora elas me revelam algo tão importante como esta experiência, em minha vida.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Vai me pertencer
Hoje comecei o dia alegre, inspirada e toda trabalhada na teoria de Caio Fernando de Abreu: “Agora ando mais calma. Não muito, verdade. Mas desde que ganhei meu PhD em desilusão amorosa, tenho me divertido como nunca.”
Paquerar se tornou até mais fácil e já não preciso mais chorar no ombro das amigas nem comprar tranqüilizantes em farmácias. Calma, essa foi apenas uma metáfora para dizer que não sofro mais com os meus casos e descasos de tetéia.
Aprendi a conviver com esse atual desinteresse masculino pelas relações duradouras. Estou aceitando entrar na mesma barca e encarar uma paquera como apenas mais uma de amor. Deixo tudo ficar subentendido, como uma idéia que existe na cabeça e só acontece quando eu acho que tem que acontecer.
Sei que esse sentimento e comportamento são passageiros. Essa não é a minha real essência. Mas ando muito confortável com as conveniências que batem à minha porta. Se me procurar e der algum ibope, vai ganhar um lugar na minha agenda lotada de afazeres com as amigas. Se não ligar, sem problemas, Próximooooo!
E bastou eu colocar o meu “F...-..” Mode On, que não é que São Pedro fez chover na minha horta? E eu estou aproveitando tanto dessa bonança a ponto de marcar um encontro e eu mesma dar o bolo. “Mas eu não saio por ai de bobeira, eu só saio prá fechar negócio.” Minha auto-estima está tão de bem com a vida, que dar preferência pelos eventos com as tetéias estão me rendendo mais pontuações. “Pontuou na festa amiga?” R – Pontuei.
É tanta pontuação que eu quase estou concorrendo com os pontos do BomClube. E que clube. Clube dos atletas, dos engenheiros, dos administradores, dos fisioterapeutas, dos artistas e dos arteiros. Um verdadeiro álbum de figurinhas, quase completo. Mas como todo álbum de sucesso, sempre tem aquela figurinha premium, difícil de achar, que só aparece quando você já não tem mais esperança.
E no dia em que eu achar, vai ser um que vai se entregar pra mim, como a primeira vez, que vai delirar de amor, sentir o meu calor, esse sim, vai me pertencer.
Paquerar se tornou até mais fácil e já não preciso mais chorar no ombro das amigas nem comprar tranqüilizantes em farmácias. Calma, essa foi apenas uma metáfora para dizer que não sofro mais com os meus casos e descasos de tetéia.
Aprendi a conviver com esse atual desinteresse masculino pelas relações duradouras. Estou aceitando entrar na mesma barca e encarar uma paquera como apenas mais uma de amor. Deixo tudo ficar subentendido, como uma idéia que existe na cabeça e só acontece quando eu acho que tem que acontecer.
Sei que esse sentimento e comportamento são passageiros. Essa não é a minha real essência. Mas ando muito confortável com as conveniências que batem à minha porta. Se me procurar e der algum ibope, vai ganhar um lugar na minha agenda lotada de afazeres com as amigas. Se não ligar, sem problemas, Próximooooo!
E bastou eu colocar o meu “F...-..” Mode On, que não é que São Pedro fez chover na minha horta? E eu estou aproveitando tanto dessa bonança a ponto de marcar um encontro e eu mesma dar o bolo. “Mas eu não saio por ai de bobeira, eu só saio prá fechar negócio.” Minha auto-estima está tão de bem com a vida, que dar preferência pelos eventos com as tetéias estão me rendendo mais pontuações. “Pontuou na festa amiga?” R – Pontuei.
É tanta pontuação que eu quase estou concorrendo com os pontos do BomClube. E que clube. Clube dos atletas, dos engenheiros, dos administradores, dos fisioterapeutas, dos artistas e dos arteiros. Um verdadeiro álbum de figurinhas, quase completo. Mas como todo álbum de sucesso, sempre tem aquela figurinha premium, difícil de achar, que só aparece quando você já não tem mais esperança.
E no dia em que eu achar, vai ser um que vai se entregar pra mim, como a primeira vez, que vai delirar de amor, sentir o meu calor, esse sim, vai me pertencer.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Meu tal inquilino.
Lembro-me como se fosse hoje o dia que minha mãe anunciou que ia alugar nosso apartamento. Acabávamos de nos mudar, mas meu refúgio continuava sendo o apê de sempre. Resisti até onde pude até ela dizer que os inquilinos já tinham fechado o contrato. Pura fúria de uma fedêlha de 17 anos... já devem imaginar, não é mesmo?!
Na tentativa de amenizar meu sofrimento, por deixar para trás amigos de infância e minha rotina de chegadas e saídas, ela me conta que vão morar no apartamento alguns adolescentes, um inclusive da minha idade e que eu devia aproveitar para estreitar esse “relacionamento” apresentando os novos moradores do MEU apartamento para a “galera” do prédio.
Por um momento quase enfartei! Para mim não estava em jogo apenas perder meu endereço que todos conheciam, mas sim perder junto com ele minhas referências de amizades, meus “tios” e “tias” emprestados e até as relações com os porteiros e os brothers das barraquinhas vizinhas e ainda ia ter que entregar de mão beijada todas aquelas preciosidades para meros infames desconhecidos? Era demais para a minha cabeça.
Quis distância. Nenhuma relação. Não queria saber de ninguém! Passei meses sem nem querer conhecê-los e como eles não fizeram nenhum contato com alguém no prédio, não tinha como chegar informações deles para mim.
Até o dia que minha mãe inventa de me mandar ir buscar o dinheiro do aluguel na Imobiliária. Fui contrariada e batendo pé. Falar daquele assunto me tirava o eixo. Mas fui. Parecendo que ia comprar pão na esquina. De chinelo, roupa de casa, cabelo amarrado com um lápis e a cara fechada, totalmente emburrada. Quase uma visão do inferno.
Chegando lá a secretária manda aguardar por que os ditos cujos ainda não tinham aparecido com o dinheiro e eu precisava esperar para poder assinar o documento. Tortura, tortura, tortura. Mas lá fiquei e fui me distraindo com as beldades que entravam e saíam daquele lugar. Cada homem engravatado, cheiroso e charmoso que não estava mais arrependida de ter aceitado a missão. Na verdade, já estava quase ligando para minha mãe para dizer que eu ia passar a buscar sempre o dinheiro do aluguel...
Até que surge uma pessoinha, tirando onda, com ar de responsável e cara de 15. E não é que era o meu tal inquilino? Uma graça... Mas eu já tinha comprado uma briga com ele que ele nem imaginava... Coitado! Todo gentil veio se apresentar e aproveitou para puxar papo. Fiquei na corda bamba parecendo uma palhaça. Não sabia se era simpática ou se era fria e calculista. Resolvi optar pela segunda opção, por que o plano era tirar ele em breve do apartamento. Se eu virasse amiguinha, ia derreter meu coração e não mais pensar na idéia de expulsá-los de lá.
Como se eu realmente tivesse a capacidade de mudar o destino. Dentro de 3 meses já passei a encontrar com ele com mais freqüência do que eu encontrava minha mãe em casa. Fui apresentando ele ao pessoal do prédio e ele me apresentado um pouquinho mais dele. Qualquer dúvida que ele tinha, sobre qualquer assunto, ele dava um jeito de me perguntar, e eu sem jeito, comecei a perceber que eu tava fugindo dele.
Eu sei é que esse jogo deu certo. E em plena Copa do Mundo enquanto todos assistiam à Seleção Brasileira no salão de festas, nós nos “encontrávamos às escondidas”. Tudo planejado e despistando aqueles que tentavam desconfiar. Um ar de proibido ao mesmo tempo que estávamos livres para viver aquele romance. Tudo foi ficando muito intenso. Muito sério. Ao ponto de sairmos para jantar, cinema nos finais de semana, festas de amigos.
Me buscar no trabalho todas as sextas-feiras era apenas mais um ritual de “amizade colorida” que levávamos. E como para mim eu não podia assumir que gostava dele, por uma questão de investimento no ativo permanente, fui cozinhando ele em banho-maria.
Dois anos juntos, sem namorar. Até que... Vendemos o apartamento! Eles tiveram que se mudar, optaram por uma viagem internacional, e junto com a mudança ele foi embora. E desde então... só um buquê de flores no dia dos namorados e nunca mais nos vemos...
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Esquema de paquera Européia
Todos nós sabemos que existem certas estratégias para o jogo da paquera que foram perpetuadas durante anos e anos e já estão tão arraigadas que algumas pessoas a percebem como regra geral. Ou seja, ajuízam a atitude de um indivíduo como sendo de todos. Felizmente, o que podemos observar é que toda regra tem exceção, gosto é que nem braço e cada cabeça é um mundo.
Ditos populares a parte, o que eu quero dizer é que cada um é dono da sua vontade, e sabe quando quer ou não fazer alguma coisa. Porém, a decisão de fazer ou não pode ser influenciada por outros fatores que independem do fato de querer. E deste ponto é que surge a questão que tem tomado a minha atenção ultimamente: A premissa da paquera européia de que, se a mulher beijou alguém é porque, obrigatoriamente, está afim de sexo, já virou tendência no circuito da paquera de Salvador?
Essa dúvida tem permeado a minha cabeça desde o dia que eu ouvi a seguinte afirmativa vinda de um amigo-de-beijo: “Parabéns, você tem um autocontrole admirável”. Tirando o fato de que com certeza essa frase iria para o meu quase concluído livro de 500 páginas “Todo o tipo de pérola que uma mulher solteira é obrigada a escutar”, eu fiquei impressionada, não sei se pela prepotência do indivíduo achar que eu estava freando os meus desejos mais ardentes de estar com ele num momento de mais intimidade, ou se pelo fato de pensar que ele pode achar que é uma regra geral, beijou tá excitada. É claro que esta ultima opção se aplica a algumas pessoas, mas eu, (In) felizmente - ainda não consegui decidir o que é melhor - não sou assim.
De forma geral, as minhas atitudes correspondem a uma decisão tomada a partir dos critérios que eu estabeleço como válidos. Portanto, quando eu digo NÃO, é isso mesmo que eu estou querendo dizer, e não apenas mais uma exibição do meu autocontrole admirável.
Dito isso, é preciso acrescentar que essa situação me causou certa indignação. E como toda indignação precisa de um alvo a quem culpar, eu decidi culpar o esfíncter. Afinal de contas, de quem é a culpa de tudo mesmo? E outra, caso não existisse o cú doce essa questão estaria definida de uma vez por todas. Os meninos param de achar que as meninas querem, quando elas não querem. E as meninas param de fingir que não querem o que elas querem por medo de criar uma má reputação. Quem quer sexo faz, e quem não quer come chocolate. E tenho dito!
domingo, 31 de julho de 2011
O garoto é pontual
Hoje estou me sentindo uma pré-adolescente saindo no primeiro encontro. Três horas para arranjar uma roupa e mais umas cinco fazendo a maquiagem, trocando os acessórios e revisando tudo no espelho. Tudo isso porque vou sair para jantar com um paquerinha novo . O frio na barriga de ansiedade e timidez estão falando mais alto e eu não consigo pegar o elevador para descer.
Eu achava que tirava isso de letra, até me dar conta que faz pelo menos 2 anos que não tenho um encontro assim. É a cara da riqueza gente. Vou sair para jantar. Conheci o gatinho na semana passada e não só já trocamos umas 10 mensagens, como ele me convidou para sair no primeiro contato pós-festa.
Aceitei, lógico. E passei esses dias todos me preparando para esse jantar, para chegar agora e ver que nenhum preparo ajuda nesses últimos minutos antes da chegada do dito-cujo. Pois é. Esse é o outro grande detalhe da história. O menino é um cavalheiro e marcou de me buscar em casa. Eu que não acredito no amor estou até acreditando que ainda há resquícios de romantismo no mundo.
A pior parte ainda estar por vir. Como eu viro uma vara verde quando estou à sós com um homem que não conheço muito, tenho certeza que vou pagar algum mico durante a noite. Então usei de dois artifícios extremamente importantes para amenizar o encontro e sair bem na fita pelo menos uns dez minutos num momento como esse. Passei minha última hora lendo tudo o que é de notícia interessante no mundo. Por que na frente de um homem bonito eu tenho que dar uma de inteligente. E combinei com minhas amigas para elas me ligarem durante o jantar. Não que vá atrapalhar nada. Mas com as ligações delas eu passo pelo menos uns minutinhos enrolando o gato, cabulando a vergonha e gastando meu nervosismo com assuntos adversos.
As tetéias precisam de uma saída pela tangente como essa para recuperar o fôlego e conquistar o gato na pureza do momento. Não é nada fácil, acreditem. Ainda mais para uma veterana madura e solteira como eu.
E esqueci de contar a melhor parte. Temos um plano para qualquer eventualidade. Se o encontro estiver bom, tenho que dizer em algum momento da ligação que eu vou encontrá-las amanhã para um sorvete (não liguem mais, pois o encontro está bom), caso contrário, preciso desmarcar a praia por que vou ter um compromisso profissional (código para elas inventarem um pretexto para eu voltar para casa).
Agora faltam exatamente 8 minutos para eu explodir de adrenalina e encarar o jantar. Como eles (os 8 minutos) serão eternos, preciso ir retocar a maquiagem que acabou de derreter por conta dessa agonia.
Nossa... meu celular está tocando... mas como assim? O garoto é pontual??????
Eu achava que tirava isso de letra, até me dar conta que faz pelo menos 2 anos que não tenho um encontro assim. É a cara da riqueza gente. Vou sair para jantar. Conheci o gatinho na semana passada e não só já trocamos umas 10 mensagens, como ele me convidou para sair no primeiro contato pós-festa.
Aceitei, lógico. E passei esses dias todos me preparando para esse jantar, para chegar agora e ver que nenhum preparo ajuda nesses últimos minutos antes da chegada do dito-cujo. Pois é. Esse é o outro grande detalhe da história. O menino é um cavalheiro e marcou de me buscar em casa. Eu que não acredito no amor estou até acreditando que ainda há resquícios de romantismo no mundo.
A pior parte ainda estar por vir. Como eu viro uma vara verde quando estou à sós com um homem que não conheço muito, tenho certeza que vou pagar algum mico durante a noite. Então usei de dois artifícios extremamente importantes para amenizar o encontro e sair bem na fita pelo menos uns dez minutos num momento como esse. Passei minha última hora lendo tudo o que é de notícia interessante no mundo. Por que na frente de um homem bonito eu tenho que dar uma de inteligente. E combinei com minhas amigas para elas me ligarem durante o jantar. Não que vá atrapalhar nada. Mas com as ligações delas eu passo pelo menos uns minutinhos enrolando o gato, cabulando a vergonha e gastando meu nervosismo com assuntos adversos.
As tetéias precisam de uma saída pela tangente como essa para recuperar o fôlego e conquistar o gato na pureza do momento. Não é nada fácil, acreditem. Ainda mais para uma veterana madura e solteira como eu.
E esqueci de contar a melhor parte. Temos um plano para qualquer eventualidade. Se o encontro estiver bom, tenho que dizer em algum momento da ligação que eu vou encontrá-las amanhã para um sorvete (não liguem mais, pois o encontro está bom), caso contrário, preciso desmarcar a praia por que vou ter um compromisso profissional (código para elas inventarem um pretexto para eu voltar para casa).
Agora faltam exatamente 8 minutos para eu explodir de adrenalina e encarar o jantar. Como eles (os 8 minutos) serão eternos, preciso ir retocar a maquiagem que acabou de derreter por conta dessa agonia.
Nossa... meu celular está tocando... mas como assim? O garoto é pontual??????
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Tamanho é Documento
Quem diz que tamanho não é documento, não conhece o poder de um salto alto! É muito mais que um estado de espírito. É um poder concedido às mulheres capaz de fazê-las alcançarem os mais grandiosos desejos!
Já se passaram alguns meses de uma experiência temporariamente interessante e previsivelmente passageira. Comecei a sair com um paquera mais baixo que eu. A primeira providência foi comprar uns 3 pares de rasteirinhas e uma sandália de meio salto, afim de acompanhar a altura do meliante. A segunda providência foi começar a sugerir lugares onde eu pudesse usar aquele novo acessório do armário, sem comprometer a minha estatura na sociedade. A terceira providência foi convencê-lo que se ele quisesse continuar o romance, ele teria que aceitar sair com uma mulher mais alta. Vaidosamente mais alta.
Ele aceitou todas as propostas até o dia eu que usei meu salto 15. Um verdadeiro mulherão! Hahahaha Chamamos mais atenção que saia de piriguete. Mas foi uma sensação inesquecível! Foi a primeira vez que não fiquei inibida na frente de um paquerinha novo. Aquele salto me deu uma segurança que não tinha crise existencial que me derrubasse.
Além de estar me sentindo muito bem, por que o salto sempre me dá uma sensação dessas, comecei a ver que os caras mais altos começaram a me olhar diferente. Com mais charme, com mais sedução. Parecia que eu não estava acompanhada e que se considerassem essa hipótese, era muito fácil meu pequeno pônei perder o posto para eles.
Nunca vi tanto homenzarrão me olhando daquele jeito! Naquele instante consegui compreender que um salto não era só mais um luxo da roupa feminina. Era praticamente um processo seletivo da paquera. Claro, que nesse dia meu encontro romântico não durou nem uma hora. Mr. Mirim se sentiu logo incomodado com tantas olhadas alheias que tratou de pedir a conta e providenciar uma saída triunfante do restaurante.
Aquele momento tinha sido decisivo para mim. Eu precisava de um cara grande! Moreno alto, bonito e sensual. Essa mudança estratégica tem mudado minha rotina baladeira. Bastou saber qual a programação do dia para começar a escolha do salto. Fino, grosso, grande, pequeno... Se eu não estiver no clima de paquera, qualquer tamanho serve. Se for uma festinha só para constar, qualquer finou ou grosso cai bem, mas se é A FESTA, preparem-se!!!!!! Usarei meu salto do poder: o maior!
E agora não tem mais estresse. Como ando com uma equipe do meu top (leia-se “só mulheres altas”) o critério da festa já começa pela nossa entrada. Apenas alturas compatíveis ou mais altas entram no páreo para um possível papo! Somente os mais altos que nós são acessíveis à conversas. E os selecionados... ai... os selecionados... não preciso nem dizer, né?! Afinal... tamanho é atestado, certificado, declaração, documento... Dêem o nome que quiser!
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Eu não acredito mais no amor...
Eu não acredito no amor. Na verdade já acreditei. Sempre me iludi com um futuro regido por uma linda história de amor, como nos livros onde terminam com um “felizes para sempre”. Achei que com a idade que tenho hoje, já estaria casada, com filhos e vivendo uma relação de fidelidade exemplar, como me espelho em Fátima Bernardes e Willian Bonner.
Mas o tempo passou. Passou, amei, “desamei”, me apaixonei, “desapaixonei” e hoje estou assim... Desiludida. Não vivi a grande história de amor que imaginei, nem de perto. Mas amei. Na intensidade que aquele amor me permitiu. Um amor simples, mas sem a voracidade do eterno. E não deu certo por que fui infiel. Infiel aos meus sentimentos, às minhas vontades. Permissiva e passiva, quando deveria ser verdadeira comigo. E foi dessa infidelidade aos meus princípios que me deparei com outro tipo de infidelidade. A física. A que destrói.
Não o culpo pela traição. Todos nós estamos propícios a infidelidade quando não sentimos o verdadeiro amor. Mas que amor é esse que todos dizem que sentem e juram ser eterno? Por que os relacionamentos não estão dando certo? Por que a infidelidade aumenta a cada dia?
Tem poucos dias que descobri meu atual status: traída. Ainda sinto uma dor impossível de transformar em palavras. Não é raiva, nem ódio, mas uma dor de desprezo, de tirar o pensamento, de arrancar o coração. E as pessoas têm percebido isso em mim. Tem me visto introspectiva ao ponto de não mover um músculo de expressão no rosto. E acabei comentando o ocorrido com um amigo e ele me disse com a maior naturalidade que infidelidade faz parte dos relacionamentos de hoje. Que o cara até respeita a mulher que ele escolheu como namorada, mas que de vez em quando precisa de um sabor diferente para apimentar a relação. Que eu devia fazer o mesmo e perdoá-lo se eu realmente gosto dele. Respeito? Aonde?
Então quer dizer que hoje em dia ser parcialmente fiel é tendência? Jóia!
Você é fiel? “Sim, sou sim. 75% fiel a minha mulher.” “Já eu sou 90% ao meu namorado.” “Eu nunca traí, só dei uns beijinhos no carnaval, mas isso não é traição.”
Tive que recorrer ao dicionário, para ver a real tradução da palavra fidelidade, por que já estava entrando num surto psicótico sem fim. Fidelidade não tem meio termo. Ou você é ou você não é. O fato de ter um afair fora do relacionamento é infidelidade e pronto!
E hoje para mim, fidelidade masculina também não existe. Assim como infidelidade é imperdoável. E é por isso que cada dia que passa eu acredito menos no amor. Até por que não existe amar mais ou menos...
Até acho que não vou ficar sozinha. Até acredito que terei meus filhos (produção independente?). E por que a hipocrisia do “seja eterno enquanto dure?” Já sabe que vai durar pouco? Ou que não vai durar para sempre? Não.... eu não estou desistindo dos meus sentimentos, nem estou me bloqueando pro mundo. Só estou deixando meu coração gritar, com uma intensidade capaz de chegar a outros corações tão sensibilizados como o meu.
Desejo felicidade, desejo paz e confiança. Desejo cumplicidade e verdade em todos os sentidos. Desejo que as pessoas amem, de verdade, capaz de fazer esse amor contagiar multidões. Quem sabe eu não volto a acreditar no amor?
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Dupla Atração
Feeling... Para uns, é a consciência subjetiva para uma experiência. Para outros é simplesmente ter um feeling e pronto! Para mim é uma coisa que eu nasci sem!
Charme... Qualidade daquele ou daquilo que agrada. De uma forma resumida, é algo que encanta. Vamos trabalhar com a possibilidade que as pessoas já nascem com. Eu, para contrapor essa teoria, nasci sem!
Sorte... Para uns, é quase sinônimo de destino, e supondo que sorte é a possibilidade de alteração de destino de forma positiva, óbvio que eu também nasci sem!
Namorado... Para uns é a instituição de um relacionamento interpessoal que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas. Ufa! Ainda bem que eu nasci com sentimento e capacidade física para práticas sexuais. Mas em relação a namorado, preciso falar alguma coisa?
Sem feeling, sem charme e sem sorte, como é que alguém pode encontrar a pessoa certa para namorar?
A explicação está na filosofia da palavra atração. Que com 7 letras pode mudar o destino de qualquer criatura, inclusive a minha. Quando o significado está relacionado a provocar, suscitar, persuadir eu até me considero atraente. Mas quando passa a significar força de atração por meio gravitacional ou magnética, minha atração é puramente contraditória a teoria da relatividade.
Vá atrair homem comprometido assim, lá na casa do milhar... Nunca vi uma atração tão forte por homens proibidos.
Já rezei, tomei banho de sal grosso, parei de cobiçar o homem alheio, me faço de difícil para não pegar qualquer um... Mas não tem jeito. Volta e meia me vejo em um relacionamento enrolado e quando vou entender o por que da embolação, descubro que não sou nada oficial no status de relacionamento dele, puramente por que o ilustre cara de poste tem outra.
Tento encarnar a mulher moderna e sair da sinuca de bico, mas é exatamente nessa hora que a lei do imã amarrador me prende. Não consigo colocar um ponto final na história. E ela se torna mais instigante ainda, por que tem um sabor de proibido. Fruta doce no pé de pimenta. Coisa louca. Chama acesa. Cama pronta.
Ser amante tem lá as suas vantagens. Fico só com a parte boa da relação. Clima de romance, respeito e cuidados para que o “que há entre nós” fique apenas entre nós. Muita sinergia. Uma verdadeira dupla atração!
Mas como meus princípios falam mais alto, não consigo dar corda por muito tempo, por que quem acaba se enforcando sou eu. Por isso curto umas saídas, renovo minha alto-estima e volto ao meu estado de sempre: Solteira!
sábado, 4 de junho de 2011
Verdades Obscenas
Eu já comentei em outro texto que eu sou a favor das mentiras sinceras, não é mesmo? Isso por que acredito que algumas mentiras são necessárias para garantir a manutenção da paz em uma sociedade. Além disso, acho que uma das coisas que mais me incomodam na vida é ter que lidar com verdades não solicitadas. Fato: Acho extremamente grosseiro, individualista e indelicado, quando uma pessoa resolve expressar uma opinião sobre a minha pessoa ou minha vida pessoal, ou ainda me contar um segredo cabeludo sem que eu tenha expressado alguma vontade em ouvi-los.
Certa feita, por exemplo, estava eu com uma mega espinha no rosto, fruto de uma TPM daquelas. Deixando a hipérbole de lado (not), eu poderia jurar que a acne mais parecia os restos do meu irmão gêmeo que não conseguiu se separar de mim durante a nossa formação embrionária. A situação estava tão pavorosa que nem 5 quilos de maquiagem conseguiriam disfarçar o problema. Mas como transplante facial naquele momento não era uma opção, me arrumei lindamente e fui trabalhar...
Pausa dramática para uma observação importante: Acho que todo mundo na vida já teve uma colega de trabalho gente ruim, não é mesmo? Daquelas invejosas, criminosas, fofoqueiras, encrenqueiras e todas as outras qualidades que a tornam descendente direta de Satanás. Pois então. Essa pausa foi só para vocês entenderem a situação contextual da história.
Voltando à história... Quando eu chego no trabalho, que eu piso o pé na minha salinha, eis que aparece Talula do Exú Caveirinha em minha frente com aquela voz meiga como a de uma cobra dizendo: “Ô minha linda você já viu que tem uma espinha enorme na sua bochecha?”. Em qualquer outro dia, eu daria risada daquele comentário pensando em quão venenosa podia ser aquela peste. Mas num dia de TPM, daqueles em que você se pega bolando 545 maneiras de fazer uma pessoa sentir dor, aquele comentário jamais iria sair barato eu somente fui capaz de responder com a mesma voz meiga e o olhar carinhoso “Já vi sim minha linda, porque apesar do tamanho avantajado da mesma, ainda não foi detectado nenhum dano à minha visão!”.
Ah! Quer dizer que eu sou obrigada a ouvir esse tipo de comentário imbecil e ainda assim ser simpática e educada? Desculpa, mas para essas situações não trabalhamos com delicadeza.
Se essa espécie de comentário vindo de gente que você despreza já incomoda, imagine vindo de quem você se importa? Homens constantemente agem dessa maneira suicida. A maioria deles gosta de inflar o peito e dizer que conhecem as mulheres, que sabem lidar com elas e que todas são iguais. Porém esquecem um princípio básico da sobrevivência no relacionamento: A sua mulher não tem defeitos!
Sim, todas nós sabemos que isso é mentira. Mas essa é uma mentira que garante a paz e assegura a reprodução e manutenção da espécie humana. Afinal de contas, existe arma mais poderosa para a mulher do que a greve de sexo?
Portanto meus queridos, nada de apontar defeito na linda. E se a fofa que estiver com você perguntar se está gorda, minta. Minta com a consciência limpa de que você está fazendo a coisa certa.
Certa feita eu arranjei um paquera que falava tanto que dizia o que não devia. Esse é o tipo de pessoa que prepara a própria forca. Porque convenhamos, você sai de casa toda linda, cheirosa e o cara não faz nenhum elogiozinho sequer. Aí de repente, quando você acha que não pode ficar pior, o cara olha para você e diz “Mô, sua mão é enorme, né?”. Esse, porque era paquera recente escapou vivo. Mas se é um namorado ia receber a seguinte resposta: “Pois é, é inversamente proporcional ao tamanho do seu pênis.”. Com certeza isso iria chocar o jovem e aí ele me perguntaria “Você está querendo dizer que meu pênis é minúsculo?” E eu: “Bom, minúsculo talvez não, mas eu já tive uns tantos outros beeeeeeeeeeem maiores.”
Pronto, matou o cidadão. Você jogou na cara dele as informações que nenhum homem quer saber. Primeiro que o pênis dele não é tão grande o quanto ele pensa, e segundo que você tinha uma vida sexual ativa antes de conhecê-lo e terceiro e mais ameaçador, que as suas antigas merendas eram mais bem dotadas do que ele.
Tá vendo que as minhas alegações fazem todo sentido? Portanto gente vamos pensar direitinho antes de falar, ok?
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Inteligência é afrodisíaca
O que você espera de um homem? Tem duas coisas que me despertam interesse de imediato: inteligência e bom humor. Normalmente essas duas características não andam juntas, talvez por isso ainda não tenha encontrado a minha cara metade. Olhando meu álbum de fotografias, vi que meus namorados não foram alvo de revista de moda, nem muito menos de disputa em mesa de bar, pelo contrário. Foram alvos de comentários alheios do tipo “o que foi que você viu nele, mulher?”
Eu vi caras com quem eu pudesse conversar sobre economia, culinária, salão de beleza ou configuração de placa mãe, política, viagens e anatomia humana. Homens que me acrescentaram valores intelectuais e emocionais. E acima de tudo nunca me fizeram passar por alguma vergonha gramatical.
Confesse, tem coisa pior do que conversar com um cara que fala errado ou que não consegue trocar uma opinião formada sobre tudo? Tenho me deparado com situações “emiessiênicas” e “facebookianas” de dar nó no estômago. De erros gramaticais à concordâncias “inverbais” das mais criativas possíveis. Coisas de fazer qualquer paixão ardente se dissolver em terrenos gélidos. De arrepiar.
Eu já me desapaixonei diversas vezes pela língua popular dos brasileiros. É um tal de neologismo cibernético, de expressões assombrosas e de abreviações surreais que vários gatos saíram da minha lista de interesse.
Como é que eu posso ter algum tesão por um cara que está “ancioso” para “mim ver”? Como é que eu posso aceitar sair com um tetéio que quer saber as minhas “9idades”? Eu só tenho uma... e na minha idade não dá para aturar certos “dezafios”(nossa!). Como é que eu vou suportar levar um “lero com o brother” que quer “fazer uma viaje pras bandas de lá” comigo? É preciso um pedaço de mel no corpo muito irresistível para esquecer da língua.
E é por essas e outras que eu faço questão de ler pelo menos dois sites de notícias por dia, de assistir uma série no canal fechado, de ter alguns livros na cabeceira da cama e sem dúvida, escrever a gramática correta nas redes sociais. Vc, p/, blz, vlw, #$%*@”! & Cia Ltda são símbolos restritos da minha comunicação.
O cara não precisa ser um Eriberto Leão, Caio Castro ou Rodrigo Lombardi que arrancam gritos femininos, nem muito menos uma enciclopédia ambulante. Mas confesse: estar ao lado de um homem inteligente é afrodisíaco, não é mesmo?
Eu vi caras com quem eu pudesse conversar sobre economia, culinária, salão de beleza ou configuração de placa mãe, política, viagens e anatomia humana. Homens que me acrescentaram valores intelectuais e emocionais. E acima de tudo nunca me fizeram passar por alguma vergonha gramatical.
Confesse, tem coisa pior do que conversar com um cara que fala errado ou que não consegue trocar uma opinião formada sobre tudo? Tenho me deparado com situações “emiessiênicas” e “facebookianas” de dar nó no estômago. De erros gramaticais à concordâncias “inverbais” das mais criativas possíveis. Coisas de fazer qualquer paixão ardente se dissolver em terrenos gélidos. De arrepiar.
Eu já me desapaixonei diversas vezes pela língua popular dos brasileiros. É um tal de neologismo cibernético, de expressões assombrosas e de abreviações surreais que vários gatos saíram da minha lista de interesse.
Como é que eu posso ter algum tesão por um cara que está “ancioso” para “mim ver”? Como é que eu posso aceitar sair com um tetéio que quer saber as minhas “9idades”? Eu só tenho uma... e na minha idade não dá para aturar certos “dezafios”(nossa!). Como é que eu vou suportar levar um “lero com o brother” que quer “fazer uma viaje pras bandas de lá” comigo? É preciso um pedaço de mel no corpo muito irresistível para esquecer da língua.
E é por essas e outras que eu faço questão de ler pelo menos dois sites de notícias por dia, de assistir uma série no canal fechado, de ter alguns livros na cabeceira da cama e sem dúvida, escrever a gramática correta nas redes sociais. Vc, p/, blz, vlw, #$%*@”! & Cia Ltda são símbolos restritos da minha comunicação.
O cara não precisa ser um Eriberto Leão, Caio Castro ou Rodrigo Lombardi que arrancam gritos femininos, nem muito menos uma enciclopédia ambulante. Mas confesse: estar ao lado de um homem inteligente é afrodisíaco, não é mesmo?
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Crise dos 30
Balzaquiana é uma expressão que surgiu após a publicação do livro A Mulher de Trinta Anos (1831-32) do francês Honoré de Balzac e que se refere às mulheres na casa dos 30.
Balzac faz uma apologia às mulheres de mais idade que, emocionalmente amadurecidas, podem viver o amor com maior plenitude - em completa oposição a tradicional figura da moça romântica que nos livros tinham no máximo 20 anos. Sua personagem principal, Júlia d`Àiglemont, é o grande retrato da mulher mal casada, que após anos de infelicidade, ao chegar aos 30 consegue encontrar o amor nos braços de outro homem.
E sobre as mulheres que chegam aos 30 sem um amor pleno? Quem se habilita em reescrever essa nova personagem dos tempos modernos?
Como uma pré-balzáquia até concordo que hoje sou muito mais emocionalmente amadurecida do que nos meus vinte e poucos anos. Decidida e seletiva seriam as melhores argumentações para definir essa maturidade de hoje. E em contraponto com a história de referência, não vivi os últimos anos mergulhada numa infelicidade. Pelo contrário, tenho vivido muitas aventuras amorosas extremamente interessantes, diferentes e complementares, como se eu buscasse em cada intervalo algo que nenhum homem ainda me ofereceu. E nessas degustações, tenho feito as distinções do que quero e do que não quero nas minhas relações a dois e isso me torna cada dia mais decidida nas minhas predileções.
Ao mesmo tempo que crio segurança para encontrar um par que atenda ao pré-requisito de relação duradoura, me vejo frustrada de peneirar os candidatos e não sobrar um nessa peneira para contar a minha história. E nessa, caio naquele velho tormento emocional feminino de que, beirando os 30 se ainda vou encontrar o par perfeito.
Casamento? Filhos? Namoro fixo ou moderno? Por mais avançadas que sejam as relações e por mais que eu concorde que é melhor viver só do que mal acompanhada, não espero passar minha vida vivendo de aventuras. Gosto da idéia de ter um companheiro na minha vida. De dividir problemas ou angústia e principalmente multiplicar felicidade. O que adianta ter vários homens bonitos, te fazendo companhia em programações diferentes, se nenhum deles vai voltar para casa com você e dar risada do programa de TV chato que passa sábado a noite?
Tenho feito contas ultimamente e o que gasto nas baladas dos finais de semana, dariam para custear uma viagem para outra cidade uma vez por mês ou uma viagem internacional por ano. Programações muito mais interessantes, diga-se de passagem. Que me trouxesse experiência de vida e de culturas, de lembranças e de aprendizados. Que ficassem registradas entre fatos e fotos no meu baú de memória. E que com certeza me muniria de muito mais histórias à contar.
No entanto, vejo que os homens estão na contra-mão da história. Preferem viver de risadas e chopps e de mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores.
Por isso, deixo o meu desabafo a todas as Balzaquianas que, assim como eu, consiga encontrar o amor nos braços de outro homem, depois dos 30.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Nunca mais Cinema
“Como num romance o homem dos meus sonhos me apareceu no dancing. Era mais um. Só que num relance os seus olhos me chuparam feito um zoom. Ele me comia com aqueles olhos de comer fotografia. Eu disse cheese e de close em close fui perdendo a pose e até sorri, feliz. E voltou, me ofereceu um drinque, me chamou de anjo azul.
Minha visão foi desde então ficando flou, como no cinema me mandava às vezes uma rosa e um poema. Foco de luz. Eu, feito uma gema me desmilingüindo toda ao som do blues. Abusou do scoth, disse que meu corpo era só dele aquela noite e eu disse please, xale no decote. Disparei com as faces rubras e febris e ele voltou no derradeiro show.”
Essa seria mais uma história de amor, se não fossem os dias atuais. E para variar, não deu certo. Dias se passaram e eu iludida e abestalhada me rendi aos encantos de mais um cafa disfarçado de gente. Um cenário extremamente previsível e eu cega, vendo luzes na escuridão.
Lindas mensagens, lindos passeios à dois, belíssimas frases ditas ao pé do ouvido. Eu derretia. Evaporava. Sumia em mim e reaparecia em suaves prestações.
Só que os versos foram perdendo a rima. Foram ficando falhos e o jovem que por minha vida espaçosamente passava, começou a tornar-se um convite de uma festa bomba num dia de domingo.
Mais um caso de romance temporário, que ganhava asas dentro de um carrossel. Que me fazia girar em pensamentos, voar em sensações e aterrissar em pouso brando até me partir em duas e quebrar meu sonho lírico, poético e imaginário.
Tão frouxo, tão covarde, tão frágil e tão pobre em sentimentos que com a mesma facilidade que encantou, conseguiu desencantar e fazer murchar a flor. Um golpe fatal, inesperado e insensato que transformou 3 meses de fantasias em um dia de dilúvio.
Nunca mais romance. Nunca mais cinema. Nunca mais drinque no dancing. Nunca mais cheese. Nunca uma espelunca. Uma rosa nunca. Nunca mais feliz. Nunca mais romance.
Minha visão foi desde então ficando flou, como no cinema me mandava às vezes uma rosa e um poema. Foco de luz. Eu, feito uma gema me desmilingüindo toda ao som do blues. Abusou do scoth, disse que meu corpo era só dele aquela noite e eu disse please, xale no decote. Disparei com as faces rubras e febris e ele voltou no derradeiro show.”
Essa seria mais uma história de amor, se não fossem os dias atuais. E para variar, não deu certo. Dias se passaram e eu iludida e abestalhada me rendi aos encantos de mais um cafa disfarçado de gente. Um cenário extremamente previsível e eu cega, vendo luzes na escuridão.
Lindas mensagens, lindos passeios à dois, belíssimas frases ditas ao pé do ouvido. Eu derretia. Evaporava. Sumia em mim e reaparecia em suaves prestações.
Só que os versos foram perdendo a rima. Foram ficando falhos e o jovem que por minha vida espaçosamente passava, começou a tornar-se um convite de uma festa bomba num dia de domingo.
Mais um caso de romance temporário, que ganhava asas dentro de um carrossel. Que me fazia girar em pensamentos, voar em sensações e aterrissar em pouso brando até me partir em duas e quebrar meu sonho lírico, poético e imaginário.
Tão frouxo, tão covarde, tão frágil e tão pobre em sentimentos que com a mesma facilidade que encantou, conseguiu desencantar e fazer murchar a flor. Um golpe fatal, inesperado e insensato que transformou 3 meses de fantasias em um dia de dilúvio.
Nunca mais romance. Nunca mais cinema. Nunca mais drinque no dancing. Nunca mais cheese. Nunca uma espelunca. Uma rosa nunca. Nunca mais feliz. Nunca mais romance.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Sexo metódico
Estou vivendo uma aventura amorosa moderna, divertida e inusitada. Conheci um carinha prá lá de bem com a vida, mas extremamente livre. Livre no sentido de sem regras, sem apegos, sem limites. É uma verdadeira fantasia sair com ele. Não importa o lugar, se é dia ou se é noite, se estamos em público ou a sós, o que ele quer é dar amor ao mundo. Passa horas a fio me olhando nos olhos e recitando poesias, me admirando e me fazendo arder em sensações. Eu não saberia traduzir o que eu sinto quando estou com ele. Se um dia eu consegui transformar em palavras é capaz de eu conseguir escrever um livro Best seller.
Entre idas e vindas de puro amor, o jovem me surpreende com um comentário que eu jamais havia observado. “Se eu não conhecesse cada curva com do seu corpo e você na sua essência... fazer amor com você seria metódico”. Ele sempre me disse que eu era certinha demais e cheia de regras e pudores e que só ele conseguia ver que eu conseguia me perder em mim mesma quando estava com ele. E ‘parando para reparar’ ele não deixa de ter razão. Só que eu jamais me observei no antes, no durante e no depois de uma noite de amor. E ele tinha razão...
Enquanto eu não perco o juízo eu sou uma aberração! Fico preocupada em onde minha roupa vai parar, por que na ocorrência de uma situação inesperada, tenho que estar preparada para me vestir e ir embora. Eu nunca tinha reparado isso!!!!!!!!!! Kkkkkkkkkkk Gente. Ele conseguiu descrever como me comporto todas as noites que resolvo trocar de cama... Eu chego impecável, cabelo arrumado, roupa combinando, todos os acessórios necessários para caprichar na sedução e levo umas 10 horas para resistir aos encantos dele. E enquanto ele tenta tirar meu eixo, eu tento arrumar as peças de roupas que ele espalha pela casa toda. Quando eu não tenho mais o que “arrumar” eu me permito algumas horas de “insanidade sensata”. Mas bastou eu voltar ao meu eixo central que retomo meus melindres e volto a diverti-lo com meus toques e arrumações. Desviro a camisa e a dobro como se fosse devolvê-la ao armário. Junto as sandálias, os acessórios e as poesias como se eu fosse guardá-las e protegê-las para nunca mais perder. E assim, me arrumo de volta, impecável, de forma a ninguém perceber ou ter dúvida de que acabei de me arrumar para sair de casa.
E assim ele me faz sentir, apenas sentir, que me perder nos meus controles me faz estar prá lá de bem com a vida, livre, extremamente livre, no sentido de sem regras, sem apegos, sem limites. Como se todas as vezes eu fosse viver uma aventura amorosa moderna, divertida e inusitada.
Entre idas e vindas de puro amor, o jovem me surpreende com um comentário que eu jamais havia observado. “Se eu não conhecesse cada curva com do seu corpo e você na sua essência... fazer amor com você seria metódico”. Ele sempre me disse que eu era certinha demais e cheia de regras e pudores e que só ele conseguia ver que eu conseguia me perder em mim mesma quando estava com ele. E ‘parando para reparar’ ele não deixa de ter razão. Só que eu jamais me observei no antes, no durante e no depois de uma noite de amor. E ele tinha razão...
Enquanto eu não perco o juízo eu sou uma aberração! Fico preocupada em onde minha roupa vai parar, por que na ocorrência de uma situação inesperada, tenho que estar preparada para me vestir e ir embora. Eu nunca tinha reparado isso!!!!!!!!!! Kkkkkkkkkkk Gente. Ele conseguiu descrever como me comporto todas as noites que resolvo trocar de cama... Eu chego impecável, cabelo arrumado, roupa combinando, todos os acessórios necessários para caprichar na sedução e levo umas 10 horas para resistir aos encantos dele. E enquanto ele tenta tirar meu eixo, eu tento arrumar as peças de roupas que ele espalha pela casa toda. Quando eu não tenho mais o que “arrumar” eu me permito algumas horas de “insanidade sensata”. Mas bastou eu voltar ao meu eixo central que retomo meus melindres e volto a diverti-lo com meus toques e arrumações. Desviro a camisa e a dobro como se fosse devolvê-la ao armário. Junto as sandálias, os acessórios e as poesias como se eu fosse guardá-las e protegê-las para nunca mais perder. E assim, me arrumo de volta, impecável, de forma a ninguém perceber ou ter dúvida de que acabei de me arrumar para sair de casa.
E assim ele me faz sentir, apenas sentir, que me perder nos meus controles me faz estar prá lá de bem com a vida, livre, extremamente livre, no sentido de sem regras, sem apegos, sem limites. Como se todas as vezes eu fosse viver uma aventura amorosa moderna, divertida e inusitada.
domingo, 30 de janeiro de 2011
É o verão. Só pode ser!
Botei na minha cabeça que essa vida de solteira é boa, mas enjoa, e que tava mais do que na hora de sair da gandaia e começar a namorar. Só que eu inventei de fazer esse pedido vendo uma estrela cadente no auge do seu brilho e movimento e pedi que aparecesse um homem lindo na minha vida.
É claro que quando o pedido é bem feito ele é atendido. E quando eu menos esperei surgiu uma figura extremamente interessante, preenchendo muitos dos requisitos que eu procurava. Inteligente, charmoso, responsável, cheiroso e lindo. Em poucas saídas, muitos encantos. Um misto de diversão, prazer e companhia que há muito tempo eu não sentia.
Namoro ou amizade? Era tão bom que a sensação que eu tinha é que ele estava se tornando um amigo prá vida toda... Cheguei a pensar sobre isso, mas tive a certeza que não era amizade por que começamos a não suportar mais de uma semana sem se ver. Nossos corpos não conseguiam ter paz. As mensagens de celular eram de tirar o sono. O fôlego. O chão. E como não era só calor na cidade que começou a me derreter, vi que eu precisava de algum sinal para saber qual era meu atual estado civil: “em uma amizade-colorida” como diria o CaraLivro (tradução super espetacular que um alemão deu ao Facebook) ou em “verão à flor da pele” como acontece todo janeiro, fevereiro e março no calendário das relações humanas.
Dito e certo. Bastou eu comentar com uma amiga “acho que estou apaixonada” que meu celular tocou. Outro cara lindo à minha procura. Custei a acreditar, mas quis pagar para ver. E fui vê-lo. Lindo. Carinhoso. Atencioso. Voltei para casa lisonjeada e com um sorriso no rosto, pelos cortejos que toda mulher gosta de ouvir. E dormi sem querer sonhar com ninguém, para não acordar cheia de confusões sentimentais. E como o acaso não é por acaso, novamente meu celular toca, chamada comum, levanto sem expectativas para atender e me surpreendo com mais uma ligação inusitada. Séééééério?????? O que é que está acontecendo comigo? Será que eu passei por algum pote de mel? Será que eu mereço tanto?! Obrigada Santo Antônio! E Santo que é Santo responde às nossas preces. E como retribuição de agradecimento é sempre interessante, ligo meu MSN e em frações de segundo, três telas de conversa aparecem em minha frente. Foi a estrela cadente. Tenho certeza. Só pode ter sido. Não tenho dúvida. Eu pedi um homem lindo. E como não especifiquei nem exigi mais nada, ela está me dando um leque de opções para eu decidir quem realmente é o lindo que eu quero. Mas é verão. Como é que alguém fica em sã consciência em pleno verão?
É claro que quando o pedido é bem feito ele é atendido. E quando eu menos esperei surgiu uma figura extremamente interessante, preenchendo muitos dos requisitos que eu procurava. Inteligente, charmoso, responsável, cheiroso e lindo. Em poucas saídas, muitos encantos. Um misto de diversão, prazer e companhia que há muito tempo eu não sentia.
Namoro ou amizade? Era tão bom que a sensação que eu tinha é que ele estava se tornando um amigo prá vida toda... Cheguei a pensar sobre isso, mas tive a certeza que não era amizade por que começamos a não suportar mais de uma semana sem se ver. Nossos corpos não conseguiam ter paz. As mensagens de celular eram de tirar o sono. O fôlego. O chão. E como não era só calor na cidade que começou a me derreter, vi que eu precisava de algum sinal para saber qual era meu atual estado civil: “em uma amizade-colorida” como diria o CaraLivro (tradução super espetacular que um alemão deu ao Facebook) ou em “verão à flor da pele” como acontece todo janeiro, fevereiro e março no calendário das relações humanas.
Dito e certo. Bastou eu comentar com uma amiga “acho que estou apaixonada” que meu celular tocou. Outro cara lindo à minha procura. Custei a acreditar, mas quis pagar para ver. E fui vê-lo. Lindo. Carinhoso. Atencioso. Voltei para casa lisonjeada e com um sorriso no rosto, pelos cortejos que toda mulher gosta de ouvir. E dormi sem querer sonhar com ninguém, para não acordar cheia de confusões sentimentais. E como o acaso não é por acaso, novamente meu celular toca, chamada comum, levanto sem expectativas para atender e me surpreendo com mais uma ligação inusitada. Séééééério?????? O que é que está acontecendo comigo? Será que eu passei por algum pote de mel? Será que eu mereço tanto?! Obrigada Santo Antônio! E Santo que é Santo responde às nossas preces. E como retribuição de agradecimento é sempre interessante, ligo meu MSN e em frações de segundo, três telas de conversa aparecem em minha frente. Foi a estrela cadente. Tenho certeza. Só pode ter sido. Não tenho dúvida. Eu pedi um homem lindo. E como não especifiquei nem exigi mais nada, ela está me dando um leque de opções para eu decidir quem realmente é o lindo que eu quero. Mas é verão. Como é que alguém fica em sã consciência em pleno verão?
sábado, 8 de janeiro de 2011
Eu vou, mas vai dar merda!
Festinha de ex-paquera deveria ser proibida. Eu já tentei falar isso diversas vezes para as minhas amigas, mas elas nunca me ouvem. Talvez por eu falar isso só uma vez e depois colar com elas e cair na mesma tentação e acabar indo junto. E parece que é atração. Enquanto estamos de casinho, nunca rola festa de interação para ir.
É sempre aquele velho esquema de saber qual a balada do final de semana que vai estar bombando, para ter a certeza que eles vão nos encontrar por lá. Fora isso, no máximo um encontro em algum barzinho da moda para ir de equipe e armar a mesa de dominó prá brincar de bucha! Por sinal, é cada “quadra” que a gente faz, que se os meninos soubessem jogar de verdade, ia virar campeonato de seleção Brasileira. Um orgulho só.
E dominó tem dessas, acaba a partida, entram novos jogadores e o jogo vai mudando, mudando, mudando até acabarmos no “Chico Romero” (no dominó é quando só leva passes o jogo todo e não consegue jogar uma peça sequer).
Novos jogos, novas modalidades, novos cenários e quando você acha que tá tudo novo, aparecem umas criaturas, daquelas que você nem sabe mais que existem, ressurgindo literalmente das cinzas, te convidando para uma Festa Privê. “Festa do Peu - vocês não podem faltar!”
Ah tá. Não podemos faltar. Por que não podemos faltar? E por que iríamos? Não é um EEEXXX paquera???? Perguntas de vestibular servem para isso. Ou para você dar a velha resposta óbvia e compreender que ninguém utilizou de bom senso para fazer a questão, ou para ter certeza que nada na vida faz sentido, quanto mais responder uma incógnita como essa.
Domingo de tarde, nada prá fazer, o sol não tá favorecendo, a roupa nova que compramos na liquidação da semana passada ainda está com etiqueta no armário, o Nando não ligou, não tá passando nada na TV.... o que é que eu vou fazer num dia como esses que SÓ TEM A FESTA DO PEU PARA IR?
Vamos né? Afinal, que trabalho dá?
Melhor do que acompanhar as amiga numa situação como essa é chegar na festa e só ter homem bonito, três gatas pingadas casadas ao redor da mesa, e uma recepção de olhares extraordinária de uma equipe masculina, quando damos os primeiros passos na entrada do salão. Nossa senhora da bicicletinha, daí-nos equilíbrio.
E como a lei da atração é algo ainda inexplicável no mundo das tetéias, a única que não podia ser paquerada, por que estava na festa do ex-paquera é que foi a atração principal do evento. Eu falei. Eu vou, mas vai dar merda! Dito e certo. Lasquinê.
P.S.: Lasquinê é a jogada onde você termina o jogo cobrindo as duas pontas! Uma das jogadas mais bonitas que se tem e que derruba o adversário. Por isso, nem todos saem satisfeitos... Precisa de tradução? rs
É sempre aquele velho esquema de saber qual a balada do final de semana que vai estar bombando, para ter a certeza que eles vão nos encontrar por lá. Fora isso, no máximo um encontro em algum barzinho da moda para ir de equipe e armar a mesa de dominó prá brincar de bucha! Por sinal, é cada “quadra” que a gente faz, que se os meninos soubessem jogar de verdade, ia virar campeonato de seleção Brasileira. Um orgulho só.
E dominó tem dessas, acaba a partida, entram novos jogadores e o jogo vai mudando, mudando, mudando até acabarmos no “Chico Romero” (no dominó é quando só leva passes o jogo todo e não consegue jogar uma peça sequer).
Novos jogos, novas modalidades, novos cenários e quando você acha que tá tudo novo, aparecem umas criaturas, daquelas que você nem sabe mais que existem, ressurgindo literalmente das cinzas, te convidando para uma Festa Privê. “Festa do Peu - vocês não podem faltar!”
Ah tá. Não podemos faltar. Por que não podemos faltar? E por que iríamos? Não é um EEEXXX paquera???? Perguntas de vestibular servem para isso. Ou para você dar a velha resposta óbvia e compreender que ninguém utilizou de bom senso para fazer a questão, ou para ter certeza que nada na vida faz sentido, quanto mais responder uma incógnita como essa.
Domingo de tarde, nada prá fazer, o sol não tá favorecendo, a roupa nova que compramos na liquidação da semana passada ainda está com etiqueta no armário, o Nando não ligou, não tá passando nada na TV.... o que é que eu vou fazer num dia como esses que SÓ TEM A FESTA DO PEU PARA IR?
Vamos né? Afinal, que trabalho dá?
Melhor do que acompanhar as amiga numa situação como essa é chegar na festa e só ter homem bonito, três gatas pingadas casadas ao redor da mesa, e uma recepção de olhares extraordinária de uma equipe masculina, quando damos os primeiros passos na entrada do salão. Nossa senhora da bicicletinha, daí-nos equilíbrio.
E como a lei da atração é algo ainda inexplicável no mundo das tetéias, a única que não podia ser paquerada, por que estava na festa do ex-paquera é que foi a atração principal do evento. Eu falei. Eu vou, mas vai dar merda! Dito e certo. Lasquinê.
P.S.: Lasquinê é a jogada onde você termina o jogo cobrindo as duas pontas! Uma das jogadas mais bonitas que se tem e que derruba o adversário. Por isso, nem todos saem satisfeitos... Precisa de tradução? rs
domingo, 2 de janeiro de 2011
Lista de Possibilidades
Para ser uma verdadeira tetéia, um dos pré-requisitos é ser “IN”. Inteligente, interessada e interessante. E para suprir esses três pilares da personalidade tétis, é preciso ter objetivos de vida. Por isso depois de ver dois filmes marcantes intelecto e emocionalmente, me vi na obrigação de escrever meus projetos em uma lista de pendências. Coisas que eu quero fazer antes de casar ou de morrer.
Algumas eu já cumpri. Fazer uma tatuagem, plantar uma árvore, ter dois amores, ter pelo menos um amigo gay para fazer número, morar sozinha, ir numa praia de nudismo, fazer as pazes com o corpo, se apaixonar pelo homem errado, viver uma transa de bad girl, ter uma agenda cheia de possibilidades, rever todas as temporadas de Sex and the City..., sair com um homem que não tem nada a ver com você, assumir riscos profissionais, investir em amigos de verdade, revelar suas aventuras sexuais às amigas, imitar a Beyoncé na sala, seduzir o DJ ou o barman, emendar um programa no outro... Tudo isso considero essencial para ter a certeza de que vivi intensamente.
Mas dentre essas coisas que eu já fiz a melhor de todas com certeza foi me divertir com um amigo colorido. Já experimentou? Não perca tempo. Se ele é amigo de verdade ele com certeza já quis te pegar. Homem sempre tem uma segunda intenção em qualquer mulher. E se ele a considerou uma amiga de verdade é por que enxerga em você algo a mais. E nesse algo a mais sempre rola a química... E confesse: você também o admira por que ele tem pegada, vai para a balada com você, não tem ciúme e... está sempre disponível. A única regra é: não vale se apaixonar.
O melhor dessa amizade furta cor é principalmente a sensação do proibido. Da maçã de Eva. Do escondido ou do desejo puro e simples. Que pecado há nisso?
E enquanto você vai curtindo seu BFF vá pensando em tudo o que ainda tem para viver. Passe um sábado cuidando da sua beleza, sobreviva a um carnaval de rua, cabule a depilação (afinal aquela dor é insuportável), se jogue no mundo, compre 5 pares de sapatos de uma vez só, pegue um buquê de noiva, tenha um caso com seu vizinho, faça uma road trip com as amigas com direito a pneu furado e bonitões cruzando a estrada, entre de penetra numa festa de celebridades, faça um supermercado goumert sem esquecer as garrafinhas de champanhe, queijo suíço e sorvete de griff, teste os efeitos de transar no primeiro encontro, fique um dia inteiro de pijama e no final ainda tente um romance estrangeiro... o mínimo que você tem a ganhar é uma comunicação apenas pela linguagem corporal, capiche?
E nunca se esqueçam da seguinte teoria: Para homens inteligentes, dê uma de bonita. Para homens bonitos, dê uma de inteligente. Para homens bonitos e inteligentes, simplesmente dê!
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