A maioria das minhas amigas, inteligentes, bem sucedidas e independentes, está solteira. Isso me diz muito sobre os homens. Meus amigos inteligentes, bem sucedidos e independentes estão namorando, em sua maioria, com meninas acéfalas, dependentes de pai e mãe ou ingênuas o suficiente para não ter opinião própria. Isso me diz muito sobre os homens.
Os caras que eu conheço através de amigos, baladas, redes sociais, academias, padarias, ou em batidas de trânsito, têm sempre a mesma teoria: “Seu namorado tem sorte. Não é fácil encontrar uma mulher bonita, independente e interessante como você”. Até descobrirem que eu não tenho namorado. E ai o discurso muda: “Mas como assim? Impossível!!! Ah se eu tivesse a sorte de ter uma garota como você.” Não tem, por que só sabe falar isso. E a sorte não é dele, é minha. Por que um cara que pensa isso e não aproveita a garota que conheceu, é por que tem algum problema...
Ele pode ter nascido sem o dispositivo de namoro na configuração da vaca-mãe. Ou será que ele nasceu com os resquícios do século XVI, onde: manda o homem que pode e obedece a mulher que tem juízo?
Ser independente e ganhar bem assusta é? Novidade. Mas eu permaneço solteira. E moderna! Trabalho numa empresa super bacana e pago todas as minhas contas! Pago meus luxos, minhas bebidas, meus mimos, meu carro e de vez em quando um motel quando esbarro num cara lindo e dependente de pai e mãe.
Perguntei a um dos meus irmãos se ele namoraria com uma mulher que ganhasse mais que ele e a resposta foi instantânea: “Claro!” Seguida de um: “se ela não tivesse que pagar nada para mim, era tranqüilo”. Achei aquela resposta interessantíssima e como ferida só fica boa de mostrar, quando a gente mexe, ‘cutuquei vara com cobra curta’ (permitam-me a licença poética). Coninuei: E você casaria com uma mulher que ganhasse mais que você? “Sim, casaria. Mas depois arranjaria um emprego melhor para poder sustentar a casa ou não ia dar certo por muito tempo.” Por que? Isso interfere diretamente no seu desempenho sexual? E o silêncio se fez. Fiquei sem resposta até hoje. Isso me diz muito a respeito dos homens.
Vou me transformar em uma menina do interior, que veio para a capital estudar, me comportar como menina amarela, ingênua que não gosta de balada. E vou gastar meu dinheiro na profissão de dondoca. Pagar minhas riquezas, minhas depilações e idas aos shoppings. Quem sabe me matricular em outra faculdade só para justificar que eu realmente vim do interior... só para não revelar que eu tenho um bom emprego, moro sozinha, sou bonita e inteligente por que Deus quis. Talvez assim eu case cedo. Quem ganha mais com isso? Não sei. Mas, prá não depender de pai e mãe e saber dizer um pouco mais sobre o que eu penso dos homens, toda tentativa é válida.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
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