Não trabalho no departamento de contos de fadas, mas tenho uma história de amor capaz de desbancar qualquer princesa com castelo encantado.
O conheci ainda no tempo da faculdade. Eu, apenas uma colega de sala, com cara de nerd e corpo de menina. Ele, o gato da turma. Jamais imaginei uma possível paquera nessa relação, até que um dia eu tropecei no acaso e me esbarrei no grande amor da minha vida.
Fim do ano letivo, meio de um Happy Hour, início de uma história de amor. Foi preciso apenas de um dia para saber que aquele momento se eternizaria. Algo de muito especial aconteceu naquela noite... Algo que, emocionalmente, nos uniria por muitos e muitos anos. Como se por conta de um beijo, ele tivesse me transformado de menina, em mulher.
Eu só não sabia que em pouco tempo eu perderia aquele cheiro de felicidade que tomava conta da minha vida. As malas já estavam prontas e ele partiria para longe do meu coração.
Ele foi morar em outro estado e naquela época Bill Gates ainda não tinha revolucionado o mundo, tecnologicamente falando... perdemos o contato. Ele apenas sobrevivia nas lembranças que deixou em cada curva do meu corpo.
Aquelas lembranças não mereciam ser esquecidas e o destino tratou de colocá-lo em meu caminho novamente. Anos depois, um encontro no aeroporto mudaria novamente os nossos projetos e os nossos sentimentos.
Foram carnavais, praias, e-mails e músicas. Viagens, telefonemas, mensagens e saudade. Pura saudade. Trilhas, suspense, nudismo e encontros marcados. Pura aventura. Uma vontade de sentir, de estar perto, de querer bem. De querer. Puro desejo. Promessas, cervejas, banhos e lembranças. Pura paixão.
Qualquer tempo que passamos juntos, ao invés de amenizar a saudade, ela só aumenta. Não era para ser o contrário? Basta ligar a TV e ver uma série no canal fechado que lembramos um do outro. Vontade de viver tudo de novo... de novo... e de novo.
E a cada escala, a cada conexão, a cada parada nos aeroportos de viagens a trabalho ou de férias, precisamos matar a saudade. Mesmo não estando juntos, adoramos nos reencontrar.
Tenho medo de algum dia ele ligar e eu não poder mais atender... Tenho receio de que esse amor acabe, se é que ele há de acabar... Temos vontade de viver simples coisas do dia a dia, como andar de mãos dadas numa tarde de domingo sem pensar no horário do próximo vôo.
Mas ele continua indo embora... e eu continuo ficando... vendo ele levar partes de mim que antes eu nem sentia falta...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Independência ou Homem?
A maioria das minhas amigas, inteligentes, bem sucedidas e independentes, está solteira. Isso me diz muito sobre os homens. Meus amigos inteligentes, bem sucedidos e independentes estão namorando, em sua maioria, com meninas acéfalas, dependentes de pai e mãe ou ingênuas o suficiente para não ter opinião própria. Isso me diz muito sobre os homens.
Os caras que eu conheço através de amigos, baladas, redes sociais, academias, padarias, ou em batidas de trânsito, têm sempre a mesma teoria: “Seu namorado tem sorte. Não é fácil encontrar uma mulher bonita, independente e interessante como você”. Até descobrirem que eu não tenho namorado. E ai o discurso muda: “Mas como assim? Impossível!!! Ah se eu tivesse a sorte de ter uma garota como você.” Não tem, por que só sabe falar isso. E a sorte não é dele, é minha. Por que um cara que pensa isso e não aproveita a garota que conheceu, é por que tem algum problema...
Ele pode ter nascido sem o dispositivo de namoro na configuração da vaca-mãe. Ou será que ele nasceu com os resquícios do século XVI, onde: manda o homem que pode e obedece a mulher que tem juízo?
Ser independente e ganhar bem assusta é? Novidade. Mas eu permaneço solteira. E moderna! Trabalho numa empresa super bacana e pago todas as minhas contas! Pago meus luxos, minhas bebidas, meus mimos, meu carro e de vez em quando um motel quando esbarro num cara lindo e dependente de pai e mãe.
Perguntei a um dos meus irmãos se ele namoraria com uma mulher que ganhasse mais que ele e a resposta foi instantânea: “Claro!” Seguida de um: “se ela não tivesse que pagar nada para mim, era tranqüilo”. Achei aquela resposta interessantíssima e como ferida só fica boa de mostrar, quando a gente mexe, ‘cutuquei vara com cobra curta’ (permitam-me a licença poética). Coninuei: E você casaria com uma mulher que ganhasse mais que você? “Sim, casaria. Mas depois arranjaria um emprego melhor para poder sustentar a casa ou não ia dar certo por muito tempo.” Por que? Isso interfere diretamente no seu desempenho sexual? E o silêncio se fez. Fiquei sem resposta até hoje. Isso me diz muito a respeito dos homens.
Vou me transformar em uma menina do interior, que veio para a capital estudar, me comportar como menina amarela, ingênua que não gosta de balada. E vou gastar meu dinheiro na profissão de dondoca. Pagar minhas riquezas, minhas depilações e idas aos shoppings. Quem sabe me matricular em outra faculdade só para justificar que eu realmente vim do interior... só para não revelar que eu tenho um bom emprego, moro sozinha, sou bonita e inteligente por que Deus quis. Talvez assim eu case cedo. Quem ganha mais com isso? Não sei. Mas, prá não depender de pai e mãe e saber dizer um pouco mais sobre o que eu penso dos homens, toda tentativa é válida.
Os caras que eu conheço através de amigos, baladas, redes sociais, academias, padarias, ou em batidas de trânsito, têm sempre a mesma teoria: “Seu namorado tem sorte. Não é fácil encontrar uma mulher bonita, independente e interessante como você”. Até descobrirem que eu não tenho namorado. E ai o discurso muda: “Mas como assim? Impossível!!! Ah se eu tivesse a sorte de ter uma garota como você.” Não tem, por que só sabe falar isso. E a sorte não é dele, é minha. Por que um cara que pensa isso e não aproveita a garota que conheceu, é por que tem algum problema...
Ele pode ter nascido sem o dispositivo de namoro na configuração da vaca-mãe. Ou será que ele nasceu com os resquícios do século XVI, onde: manda o homem que pode e obedece a mulher que tem juízo?
Ser independente e ganhar bem assusta é? Novidade. Mas eu permaneço solteira. E moderna! Trabalho numa empresa super bacana e pago todas as minhas contas! Pago meus luxos, minhas bebidas, meus mimos, meu carro e de vez em quando um motel quando esbarro num cara lindo e dependente de pai e mãe.
Perguntei a um dos meus irmãos se ele namoraria com uma mulher que ganhasse mais que ele e a resposta foi instantânea: “Claro!” Seguida de um: “se ela não tivesse que pagar nada para mim, era tranqüilo”. Achei aquela resposta interessantíssima e como ferida só fica boa de mostrar, quando a gente mexe, ‘cutuquei vara com cobra curta’ (permitam-me a licença poética). Coninuei: E você casaria com uma mulher que ganhasse mais que você? “Sim, casaria. Mas depois arranjaria um emprego melhor para poder sustentar a casa ou não ia dar certo por muito tempo.” Por que? Isso interfere diretamente no seu desempenho sexual? E o silêncio se fez. Fiquei sem resposta até hoje. Isso me diz muito a respeito dos homens.
Vou me transformar em uma menina do interior, que veio para a capital estudar, me comportar como menina amarela, ingênua que não gosta de balada. E vou gastar meu dinheiro na profissão de dondoca. Pagar minhas riquezas, minhas depilações e idas aos shoppings. Quem sabe me matricular em outra faculdade só para justificar que eu realmente vim do interior... só para não revelar que eu tenho um bom emprego, moro sozinha, sou bonita e inteligente por que Deus quis. Talvez assim eu case cedo. Quem ganha mais com isso? Não sei. Mas, prá não depender de pai e mãe e saber dizer um pouco mais sobre o que eu penso dos homens, toda tentativa é válida.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
FÓRMULA DO AMOR
Sempre me senti de calças curtas quando alguém me pergunta “Porque você não está namorando?”. Fato é que eu nunca fui de programar minha vida e calcular quando eu deveria estar namorando, a idade exata em que eu me casaria, teria filhos, e etc. Talvez por isso nunca estive procurando ou fugindo de um possível romance. Apenas vou vivendo, esperando que as minhas escolhas não planejadas, me reservem um futuro bom. Mas, ao que me parece, essa pergunta quando feita, tem como expectativa uma resposta sucinta, sincera e direta, do tipo:
QUESTÃO DE VESTIBULAR:
Sendo A um indivíduo solteiro, jovem, atraente e com diversos predicados que te caracterizariam como um(a) bom(a) namoro(a), qual a alternativa que melhor justifica o fato de ainda não estar namorando ou casado ou num relacionamento sério, monogâmico e restrito:
A. O indivíduo não é adepto da monogamia e acredita que a felicidade esta mesmo em ter vários parceiros(as), peguetes, paqueras e etc.
B. O indivíduo apesar de ter excelentes qualidades, tem defeitos que nenhum outro indivíduo seria capaz de suportar na condição de cônjuge, namorado(a), ou qualquer status que caracterize compromisso.
C. O indivíduo acredita que não existem mais pessoas de bem, que possam compartilhar momentos a dois com cumplicidade, lealdade e bem querer.
D. O indivíduo até gostaria de se comprometer, mas aí percebe que o verão, o réveillon, o carnaval, a semana santa, o são João, o Sauípe Folia, o Sauípe Fest e todas as outras festa do ano estão tão próximas.
E. Com certeza, se a minha aprovação dependesse dessa questão, eu estaria DESCLASSIFICADA.
Sim, o fato de eu ainda estar solteira tem influência de todas essas respostas, mas ao mesmo tempo de nenhuma delas. E explicar o verdadeiro motivo, necessitaria de um mergulho tão profundo em mim mesma, que dificilmente conseguiria resumi-lo em duas linhas.
Provavelmente, devo ter deixado escapar pessoas especiais porque estava em um momento de prezar pela minha liberdade, ou em um momento de conhecer novas pessoas, por estar desiludida com os relacionamentos passados, ou por ter usado como desculpa para não me apegar o defeito mais idiota encontrado no outro. Mas a verdade é que para mim, se apaixonar se comporta mais ou menos como a formação do ar. Vários gases se formam, sabe-se lá como (nunca gostei muito de química) e vão se unindo de forma complexa, até formar o ar que respiramos. Ah! E respirar é tão bom. Mas se me mandassem analisar e repetir de maneira impecável todo o processo e fórmulas responsáveis pela sua formação eu nunca saberia. E mesmo que soubesse e quisesse reproduzi-lo, muitas influências externas poderiam prejudicar a formação do meu ar. No entanto, fico satisfeita em saber que as forças da natureza agem para que ele esteja lá, todos os dias para ser respirado. E por mais que este processo pareça tão natural e involuntário para nós, ele é complexo e depende de muitos fatores.
Se comprometer é tão complexo quanto. E mesmo que eu quisesse elaborar a fórmula do relacionamento bem sucedido, uma série de outros eventos poderiam interferir no meu experimento. Felizmente, com um pouquinho de comprometimento e ajuda dos astros todos nós acharemos a tampa da nossa panela, ainda que seja um cachorro ou o livro perfeito.
QUESTÃO DE VESTIBULAR:
Sendo A um indivíduo solteiro, jovem, atraente e com diversos predicados que te caracterizariam como um(a) bom(a) namoro(a), qual a alternativa que melhor justifica o fato de ainda não estar namorando ou casado ou num relacionamento sério, monogâmico e restrito:
A. O indivíduo não é adepto da monogamia e acredita que a felicidade esta mesmo em ter vários parceiros(as), peguetes, paqueras e etc.
B. O indivíduo apesar de ter excelentes qualidades, tem defeitos que nenhum outro indivíduo seria capaz de suportar na condição de cônjuge, namorado(a), ou qualquer status que caracterize compromisso.
C. O indivíduo acredita que não existem mais pessoas de bem, que possam compartilhar momentos a dois com cumplicidade, lealdade e bem querer.
D. O indivíduo até gostaria de se comprometer, mas aí percebe que o verão, o réveillon, o carnaval, a semana santa, o são João, o Sauípe Folia, o Sauípe Fest e todas as outras festa do ano estão tão próximas.
E. Com certeza, se a minha aprovação dependesse dessa questão, eu estaria DESCLASSIFICADA.
Sim, o fato de eu ainda estar solteira tem influência de todas essas respostas, mas ao mesmo tempo de nenhuma delas. E explicar o verdadeiro motivo, necessitaria de um mergulho tão profundo em mim mesma, que dificilmente conseguiria resumi-lo em duas linhas.
Provavelmente, devo ter deixado escapar pessoas especiais porque estava em um momento de prezar pela minha liberdade, ou em um momento de conhecer novas pessoas, por estar desiludida com os relacionamentos passados, ou por ter usado como desculpa para não me apegar o defeito mais idiota encontrado no outro. Mas a verdade é que para mim, se apaixonar se comporta mais ou menos como a formação do ar. Vários gases se formam, sabe-se lá como (nunca gostei muito de química) e vão se unindo de forma complexa, até formar o ar que respiramos. Ah! E respirar é tão bom. Mas se me mandassem analisar e repetir de maneira impecável todo o processo e fórmulas responsáveis pela sua formação eu nunca saberia. E mesmo que soubesse e quisesse reproduzi-lo, muitas influências externas poderiam prejudicar a formação do meu ar. No entanto, fico satisfeita em saber que as forças da natureza agem para que ele esteja lá, todos os dias para ser respirado. E por mais que este processo pareça tão natural e involuntário para nós, ele é complexo e depende de muitos fatores.
Se comprometer é tão complexo quanto. E mesmo que eu quisesse elaborar a fórmula do relacionamento bem sucedido, uma série de outros eventos poderiam interferir no meu experimento. Felizmente, com um pouquinho de comprometimento e ajuda dos astros todos nós acharemos a tampa da nossa panela, ainda que seja um cachorro ou o livro perfeito.
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