Comecei a ter vários momentos de reflexão da minha vida. Principalmente ao que se refere a minha vida amorosa. Ou a falta dela. Já tenho um bom tempo sem me envolver emocionalmente com alguém, mas ao mesmo tempo me dei conta que paquera é o que não me falta.
Tudo bem que a freqüência e a intensidade desses paqueras não são as mesmas de um tempo atrás, até por que vida de solteira tem dessas. É que nem estação: uma época tá florida, na outra chove pretendentes, mas quando inventa de chegar a fase da maré baixa, não tem lua cheia que ajude.
Esses dias passei por umas situações trágicas beirando a cômicas. Sempre paquerei um carinha que nunca me paquerou. Nem me dava bola, até ele começar a namorar. Não sei o que foi que aconteceu com ele, ou comigo (nunca se sabe), mas bastou ele começar a namorar e eu inventar de tirar ele da cabeça, que essa criatura resolveu me dar ibope. Eu como uma tetéia veterana, tirei meu time de campo, por que começar o campeonato na série B, só se eu precisar ser rebaixada sem jogar.
O bom é que passamos um tempo sem nos encontrarmos, então, vale aquele velho ditado: o que os olhos não vêem, o coração não sente. Só que por conta de algumas eventualidades decorrentes de amigos em comuns, acabamos nos “esbarrando” um dia desses. E não é que eu sentir um cheiro de pipoca no ar? Hummm. Que tentação! Aquele velho duelo entre os patetas azul e vermelho, me deixando na dúvida do sim ou do não.
Dei ibope e cortei a gracinha. Dei ousadia e fingi que não era comigo. Fiz um jogo de não estou entendendo, para ver se eu conseguia entender alguma coisa. Mas a única certeza que eu tive é que esse não é o primeiro, nem deve ser o último caso inexistente, mal resolvido da minha vida.
O que me resta agora é a certeza da dúvida. Um sabor de saltenha, que não sei dizer se é doce ou salgado. Se é certo ou errado. Se ele tá namorando ou solteiro. Se me quer perto ou me quer longe. Fato é, que ele me quer (risos). E para piorar a situação, ele é o tipo de cara que eu não teria um caso passageiro e sim intenso e duradouro. Ele só não sabe disso. E não sei se saberá.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Os cachorros da minha vida...
Sempre me perguntei por que as mulheres apelidam o cara que apresenta comportamentos cafajestes de cachorro. Até onde se sabe, o cão é o melhor amigo do homem, fiel e companheiro. Essa analogia não seria, então, um tanto quanto dicotômica?
Pensando nisso e principalmente depois de um sofrimento profundo com meu animal de estimação, onde tive a certeza que deposito muito do meu amor, carinho e dedicação, naquela vida que não me pertence, comecei a levar esse pensamento mais a sério e passei a observar o comportamento dos homens tidos como cachorros e o comportamento do meu cãozinho.
O primeiro ponto que podia me levar a primeira aceitação desse apelido sarcástico, oriundo de um animal tão dócil é que os dois possuem raças. Meu pequeno quadrúpede tem Pedigree, raça pura de porte médio e descendência chinesa. Observando os bípedes vi que eles também possuem raça: raça ruim. E pior que isso, não possuem descendência, procedência ou o que vocês queiram imaginar, o que é pior. Em sua maioria ainda são considerados vira-latas (soltos na rua, desapegados, cruzam com qualquer uma e dificilmente constituem família).
Com essa primeira analogia, já comecei a ter algum argumento plausível para concordar em algum momento com esse apelido. Mas a pesquisa não podia parar por aí. Eu continuava vendo mais lado positivo do que negativo, para a brincadeira comparativa tão eufêmica.
Tentando uma prova mais forte, passei a chamar meu cachorro pelo nome de um paquerinha que eu estava começando a sair. Toda vez que esse paquerinha me ligava, tentava me comportar com se meu cachorro fosse ele. Acordei os primeiros dias, cheia de amor prá dar. Levantada querendo brincar, fazia um chamego e tentava deixar meu dog sempre por perto. Na minha cabeça, eu ia dar a vida que meu cão pediu a deus. Doce engano... Meu cachorro não gostou do excesso de carinho. Bastava me ver empolgada, para deitar do outro lado da casa e fingir que eu não existia. Um comportamento que podia ser interpretado e muito bem comparado na minha análise.
Rapidamente mudei de estratégia. Se muita atenção era uma forma de distanciar, ao invés de aproximar, vou usar da física quântica e comprovar a lei da ação e reação. Passei a evitar meu cachorro, assim como meu paquerinha. Me comportei como se eles não existissem, embora essa fosse uma tarefa muito difícil, visto que existe um certo afeto envolvido em ambos os lados.
Foi aí que veio a prova final. Quanto mais eu evitada, mas os bichinhos vinham ao meu encontro, balançando o rabo e querendo festa. Botei na minha cabeça que eu não podia me render aqueles apelos e aquelas mensagens e continuei firme e forte na minha jornada. Quase um sonho! Era um tal de latir e ligar, ir atrás de mim aonde eu ia que eu estava literalmente me achando. Até que chegou na constatação que eu não queria acreditar. Nos dois casos, vi que, querendo ou não, meu apego pelos dois aconteceu logo no início, a gente se apaixona fácil e isso é fato! Fazer um joguinho na relação é necessário, mas em dosagens homeopáticas e sem extremismos. Por que meu cachorro, querendo ou não, me obedece e está sobre o meu domínio o tempo inteiro. Mas o paquerinha, se eu der muita corda, quem se enforca sou eu. E nessa de tirar onda e evitá-lo, ele foi balançar o rabo prá primeira cadela que apareceu. QUE CACHORRO!
Pensando nisso e principalmente depois de um sofrimento profundo com meu animal de estimação, onde tive a certeza que deposito muito do meu amor, carinho e dedicação, naquela vida que não me pertence, comecei a levar esse pensamento mais a sério e passei a observar o comportamento dos homens tidos como cachorros e o comportamento do meu cãozinho.
O primeiro ponto que podia me levar a primeira aceitação desse apelido sarcástico, oriundo de um animal tão dócil é que os dois possuem raças. Meu pequeno quadrúpede tem Pedigree, raça pura de porte médio e descendência chinesa. Observando os bípedes vi que eles também possuem raça: raça ruim. E pior que isso, não possuem descendência, procedência ou o que vocês queiram imaginar, o que é pior. Em sua maioria ainda são considerados vira-latas (soltos na rua, desapegados, cruzam com qualquer uma e dificilmente constituem família).
Com essa primeira analogia, já comecei a ter algum argumento plausível para concordar em algum momento com esse apelido. Mas a pesquisa não podia parar por aí. Eu continuava vendo mais lado positivo do que negativo, para a brincadeira comparativa tão eufêmica.
Tentando uma prova mais forte, passei a chamar meu cachorro pelo nome de um paquerinha que eu estava começando a sair. Toda vez que esse paquerinha me ligava, tentava me comportar com se meu cachorro fosse ele. Acordei os primeiros dias, cheia de amor prá dar. Levantada querendo brincar, fazia um chamego e tentava deixar meu dog sempre por perto. Na minha cabeça, eu ia dar a vida que meu cão pediu a deus. Doce engano... Meu cachorro não gostou do excesso de carinho. Bastava me ver empolgada, para deitar do outro lado da casa e fingir que eu não existia. Um comportamento que podia ser interpretado e muito bem comparado na minha análise.
Rapidamente mudei de estratégia. Se muita atenção era uma forma de distanciar, ao invés de aproximar, vou usar da física quântica e comprovar a lei da ação e reação. Passei a evitar meu cachorro, assim como meu paquerinha. Me comportei como se eles não existissem, embora essa fosse uma tarefa muito difícil, visto que existe um certo afeto envolvido em ambos os lados.
Foi aí que veio a prova final. Quanto mais eu evitada, mas os bichinhos vinham ao meu encontro, balançando o rabo e querendo festa. Botei na minha cabeça que eu não podia me render aqueles apelos e aquelas mensagens e continuei firme e forte na minha jornada. Quase um sonho! Era um tal de latir e ligar, ir atrás de mim aonde eu ia que eu estava literalmente me achando. Até que chegou na constatação que eu não queria acreditar. Nos dois casos, vi que, querendo ou não, meu apego pelos dois aconteceu logo no início, a gente se apaixona fácil e isso é fato! Fazer um joguinho na relação é necessário, mas em dosagens homeopáticas e sem extremismos. Por que meu cachorro, querendo ou não, me obedece e está sobre o meu domínio o tempo inteiro. Mas o paquerinha, se eu der muita corda, quem se enforca sou eu. E nessa de tirar onda e evitá-lo, ele foi balançar o rabo prá primeira cadela que apareceu. QUE CACHORRO!
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