segunda-feira, 19 de julho de 2010

As voltas que o mundo dá!

Postado por Téia às 10:06 PM
“Quando as coisas têm que acontecer, elas simplesmente acontecem”.

Para contar esse caso eu tive que recorrer ao meu baú de memória. E relembrar de fatos oriundos da minha infância para explicar um pouco do presente.

Lembro como se fosse hoje que convivia com um casal de irmãos, filhos do namorado da minha mãe, ambos mais novos que eu. Tínhamos uma relação ótima apesar das idades diferentes. Sempre achávamos o que fazer juntos. Em poucos momentos, lembro de ter feito distinção das idades. Uma dessas vezes foi quando achei que meu “irmãozinho emprestado” tinha me dado uma cantada. Aquele fedelho mal sabia andar de bicicleta, como é que já estava me paquerando? Ignorei o fato e nada mudou na nossa relação.

Os anos se passaram, minha mãe terminou o relacionamento, mais anos se passaram e perdemos todo e qualquer contato... Esperava reencontrá-los algum dia, pois nossa amizade tinha sido verdadeira, afinal foram anos de convivência.

Numa bela tarde de sol, ainda véspera de verão, mas já aproveitando o glamour do bronzeamento, fui à praia com minhas amigas. Na saída de um mergulho ouço um som meio longínquo semelhante ao meu nome, mas como era difícil alguém me achar naquele horário na praia, nem dei bola. Voltei para minha canga, estirei-me ao sol, quando vejo as meninas mudarem de posição e pararem a conversa. E novamente, agora com uma entonação mais clara, eu ouço uma voz rouca chamar meu nome novamente: “Tetéia! É você?”.

Se alguns traços não fossem os mesmos, juro que quase não o reconhecia. Que homenzarrão! O menino cresceu! E como cresceu! Fiquei deslumbrada de vê-lo tão bonito, crescido, mas com o mesmo sorriso e simpatia de criança! Conversamos por alguns minutos, mas ele já estava de saída. Não chegamos nem a passar uma hora conversando, mas foi o tempo suficiente para “matar a saudade”. Esquecemos de trocar telefones, mas marcamos de nos ver pela noite numa festa que ia acontecer na cidade.

Cheguei tarde na festa, imaginei que se ele tivesse me procurado, ia achar que eu dei um “bolo”. Mas que nada, foi só falar com as primeiras três pessoas conhecidas e olhar para o lado e olha quem estava lá... Ele cumpriu o prometido, apareceu no reggae. Entre apresentações de amigos e amigas e ao som de uma boa música, acabamos oportunizando mais um encontro onde pudéssemos contar as novidades, saber das mudanças que ocorreram nas nossas vidas e como estavam nossos projetos para o futuro. Que momento lindo! É tão bom reencontrar pessoas que a gente gosta. E lá se foram horas de conversas, abraços saudosos e olhares irradiando alegria.

Entre uns olhares e outros, senti um olhar diferente dele. Cheguei a me perguntar internamente se era um olhar de carinho, de admiração ou de vontade de um beijo. Preferi acreditar que era um olhar de carinho, em consideração aqueles momentos de irmãos que passamos na infância. Por que o olhar com vontade de beijo era o meu, e eu não queria transmitir essa vontade para ele. Que vergonha! Ele não podia saber disso de jeito nenhum. Era meu irmãozinho emprestado, esqueceram???

Uma pausa para uma cerveja e um “vem comigo” para um lugar mais sossegado. O clima mudou um pouco e ai eu percebi que aquele olhar tinha um brilho especial. Um silêncio mútuo seguido de uma frase já previsível: “posso tirar uma dúvida de infância?” Aquela cantada de infância não foi em vão! E irresistivelmente, como em cena de novela, nos aproximamos em câmera lenta, trocamos carinhos e lá se foram beijos, intermináveis, até que os olhos mudassem de cor!

[Agora imagina eu contando isso a minha mãe? Sem condições! Ela com certeza diria que eu perdi a noção! ]

Foi lindo. Estranho, mas lindo! Uma experiência que jamais imaginei viver, mas que me trazia uma sensação tão boa e natural que não fiquei grilada.

Melhor que isso foi ter recebido uma ligação no dia seguinte. Mais uma saída! E dessa vez minhas amigas e os amigos deles super empolgados com o “nosso encontro”. Tudo mentira! Interesse puro!!! Os meninos todos GATOS e minhas amigas, né por nada não, mas uma equipe de primeira! Só tetéias.

Mais um encontro descontraído e eu vivendo uma história de amor. Nos encontramos mais algumas vezes, nos curtimos bastante. Deixamos nossas energias fluírem e aproveitamos cada instante nos dias que ele estava por aqui. Mas os dias estavam contados, por que ele viajaria de volta à sua cidade natal (atual) e me deixaria aqui, com doces lembranças e uma saudade boa de sentir!

Não tenho bola de cristal, nem acredito em papai Noel, mas tenho contado os dias para vê-lo de novo. Sei que o mundo dá voltas. Logo ele estará por aqui para revivermos mais alguns bons momentos até que ele se vá novamente.

Acaba não mundão! Dá quantas voltas você quiser!!!!!!!!

0 comentários:

Postar um comentário

 

Sindicato das Tetéias Copyright © 2010 Designed by Ipietoon Blogger Template Sponsored by Online Shop Vector by Artshare