Lembro como se fosse hoje a primeira vez que um carinha broxou comigo. Um verdadeiro trauma!!! Prá ele, claro. Vocês não acham que eu ia me abalar por uma falha temporária no aparelho reprodutor masculino, não é mesmo? Para esses casos temos alternativas maravilhosas e tanto quanto eficientes.
Sexo forte à parte, realmente nunca esqueci aquela experiência... Que situação! Era meu caso mais caliente que estava se encaminhando para um namorinho sério. Estávamos na flor da adolescência e em fase de descobertas. Minhas descobertas. Ele, apesar da mesma idade, já era bem mais experiente do que eu. Sabia me tirar do sério tão fácil que às vezes eu tinha que recorrer à minha consciência e tirar a gente lá de cima, das nuvens.
Morávamos no mesmo prédio, nos víamos todos os dias, pelas escadas, quadra, salão de jogos, salão de festas, na casa dos amigos... Onde desse para a gente se encontrar. Lugares onde podíamos nos pegar em alta, mas não chegar no finalmente... Afinal, eu achava que para concretizar alguma coisa, precisávamos estar a sós e em uma cama! Oh como a adolescência é linda e ingênua...
O bom de ter demorado de chegar a hora H era que cada dia que passava ficávamos mais instigados e mais próximos. Estávamos começando a criar um sentimento mais profundo e verdadeiro. Pegávamos fogo juntos, mas começamos a moderar a euforia e nos curtir mais e a planejar a nossa primeira noite. Mas sexo tem disso: não é para ser planejado. Esqueçam planejamento! Ou vai ou não vai. Não importa local, data, hora ou a cor da calcinha que você está vestida. Se for beje ou calcinha de vó, o lance é tirar na velocidade da luz, sem dar tempo do carinha perceber que você estava com alguma coisa no corpo, rs.
Esperamos os pais dele viajar e nos sentimos um casal recém casados, chegando no apartamento novo para a real inauguração! Passamos mais de duas horas nas preliminares, nas fantasias, no cheiro da pele, nos sussurros ao pé do ouvido até que ele começou a me alertar que não estava mais agüentando esperar. Juro que não fiz mais nenhum doce, nem muito menos o fiz esperar mais. Até por que eu também já estava subindo paredes... Quando ele me virou, já foi para deitar ao meu lado e fazer cafuné, com uma cara de cachorro carente e envergonhado. Tentava me olhar nos olhos como quem quisesse me falar alguma coisa, mas baixava o olhar e me abraçava mais forte.
Tava na cara qual era o problema, mas achei que em minutos ou talvez em algumas horas, ele me cataria novamente e me jogaria na parede para me fazer feliz! Apagamos. Dormimos horas, juntinhos, até eu acordar de madrugada e ver que não tinha voltado para casa. Minha mãe ia me matar. Levantei de fininho para que ele não acordasse e fui para casa.
No dia seguinte nada de notícias! Até o final da tarde fiquei esperando ele me ligar ou me procurar e NADA! Fui até o apartamento dele e ele não atendeu. Liguei, interfonei e nada! Um dia inteirinho sem notícias... Preferi ficar na minha e não procurá-lo no segundo dia. No terceiro, já a beira de entrar em depressão, meu celular toca. O melhor amigo dele querendo notícias, perguntando se ele tava bem, por que ele tinha sumido, não queria falar com ninguém.
Não contei o que aconteceu, mas disse que passamos por um “desconforto” e que ele podia estar chateado comigo [!]. Joguei logo a culpa em mim para não piorar a situação. O amigo dele me deu a chave do apartamento e quando entrei, lá estava ele assistindo televisão, com uma cara de quem tivesse perdido um ente querido.
Senti-me uma verdadeira mulher, conversei com uma maturidade que nem eu sabia que tinha. Nos abraçamos, nos beijamos e firmamos uma amizade linda e verdadeira que dura até hoje. Mas nunca nos permitimos tentar algo de novo. Será que ele nunca vai se dar conta que eu morro de vontade de saber como seria nossa “noite de amor”???? Acorda bofe!
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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