terça-feira, 30 de março de 2010

“Vai por que quer, né?!”

Postado por Téia às 9:41 PM 0 comentários
Mulher reclama o tempo todo que homem não dá ibope ou que só quer curtição temporária. O que a gente esquece é que mulher também dá cada mole que só Galvão Bueno para nos superar!

Certa feita, entrei num esquema estilo “Scotland Yard” com um amiga que me colocou na jogada sem ao menos me consultar se eu queria ou mesmo podia... Mas veja bem, amiga que é amiga, até quando entra numa fria, sai com uma quente e acaba acertando, né?! Pois bem. Ela toda certinha, com namoradinho, tudo como manda o figurino. Eu, recém separada, louca para esquecer o bofe, estilo “solteira em salvador” e sem nenhum disk pizza na agenda... Eis que o telefone toca e sem tempo nem de dizer alô, já ouço: “Passe aqui em casa que temos um encontro marcado e é ‘em off’”. Num primeiro momento, ainda muito ingênuo da interpretação, pensei: Novo emprego? Aniversário de alguém que não pode chamar todo mundo? Não, não. Meu ouvido estava bem apurado e não ia deixar passar o “em off” tão despercebido assim. “Em off” sempre é aquele fato que NINGUÉM (vulgo o namorado dela) pode saber.

Segunda de noite, pós-final de semana em crise em casa, sem perspectivas para a semana vindoura, pensei: “Por que não?!” Então logo tratei de responder ok seguido de uma pergunta óbvia: “Sim, mas vamos para onde mesmo, fazer o que, com quem?”. Aí a BOMBA: Um paquerinha meu está nos esperando ‘não sei aonde’ com um amigo, e você vai comigo!

Como assim Bial?! Eu já estava de encontro marcado com um amigo-do-paquerinha que nem sabia que ela tinha?! Vixe Maria! Mas como diz o ditado: ‘quem tem amigo não se governa’, então tive que ir!

Aí a surpresa! O amigo era o cara mais gato que tinha visto nos últimos 5 anos (período em que estive fora do mercado). Logo pensei: alegria de pobre dura pouco. Como é que aquele, quase sósia de Gianecchini, ia me dar bola? Como isso seria possível se eu, uma criatura 100% auto-estima no pé, podia despertar qualquer interesse por parte daquele simpático amigo-do-paquerinha-da-minha-amiga-que-tem-namorado? Gente, é fato! Eu não era o público-alvo dele.

Foi aí que me senti em plena partida de futebol. Bola em jogo... Apresentações feitas, cadeiras estrategicamente montadas e mesa escolhida bem na FRENTE do bar. Uuuu. Primeira falta do jogo. Na frente do bar???? TODO mundo que a gente não espera encontrar num dia como esses a gente iria encontrar. Ainda mais NA FRENTE do bar. Era certo, fato! Mas a capitã logo tratou de sentir frio e solicitar ao garçom uma rápida substituição de mesas. Com a substituição, a defesa abriu espaço e quase acaba com o jogo em menos de 10 minutos no primeiro tempo. Substituição feita fora de hora. As cadeiras foram trocadas e o bandeirinha marcou impedimento (meninas de um lado, meninos do outro).

Bola vai, bola vem e nada de bola dentro. Comecei a achar que era jogo de terceira divisão, não tinha uma jogada para se admirar. Até que o primeiro tempo acaba no zero a zero. Calma! Foi só o primeiro tempo que terminou. Garçom, mais uma cerveja. Copos abastecidos, sorrisinhos e observações começando a surgir e bola rolando no segundo tempo. A torcida se anima e o clima começa a esquentar.

A capitã realmente disse para que veio e o entrosamento do time já começa a ser perceptível. Foi nesse momento, quase nos 45 minutos do segundo tempo que o jogo quase revelou o placar final: Empate! Zero a Zero?

Tempo (aparentemente) esgotado, despedidas devidamente feitas, uma sensação de incompetência no ar... Não era possível que todo aquele esquema ia terminar em nada! Em plena segunda-feira, 22h, deixei de curtir um sono na minha caminha gostosa para dar cobertura a uma amiga e até ela ia sair assim, sem nem um beijinho? Cadê aquele homem todo que marcou o encontro às escondidas e aquela amiga corajosa e decidida que me levou junto???

Nesse momento o anúncio: final de campeonato (observem: eu falei DE campeonato e não DO campeonato). Final de campeonato é sempre grandes emoções e se o jogo não se define no tempo regulamentar, vamos para a prorrogação. Vulgarmente chamada e conhecida “esticadinha”.

- Vamos sair daqui para onde? GOL dos meninos.
- Não sei, não íamos para casa? Bola fora das meninas.
- E vocês acham que vamos dispensar assim, fácil, a companhia de vocês? GOLÁÇO DOS MENINOS. Faz uma placa e que essa vai para o estádio.

Fala sério, eles foram brilhantes, né? E já diria a Legião Urbana: “Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz”.

- Opa! Então vocês mandam! As meninas começam a acertar o passe.
- Pode deixar com a gente. Vamos no posto ali rapidinho abastecer e a gente decide. Na trave!

Peraí. Ou eu sou realmente uma tapada de primeira categoria ou ingênua demais para não saber que a DESCULPA do posto era o objetivo deles. Por favor, relevem, cinco anos de namoro deixa a gente meio lenta.

Mal chegamos no posto e eles já estavam lá com as long necks na mão. Eu juro, não queria mais beber uma gota de cerveja! Enquanto me preparava para sair do carro, minha amiga já estava aos beijos com o paquerinha dela. GENTE! Como assim? Juro! Eu realmente estava saindo do carro... Pelo menos fiquei feliz. A garota é louca, mas é titular!

Aquela long neck era a minha salvação. Eu não conhecia “o amigo”, não podia conversar com “a amiga”, tive que beber. Dei um gole enorme e fui ler o rótulo (aff, que coisa sem noção), dei outro longo gole e sorri sem graça com o papo que começava a surgir com o tal do amigo. Minha sensação era que a cerveja estava fazendo um efeito muito rápido. Quanto mais eu bebia, mais o menino se aproximava. Será que era uma ação diretamente proporcional ou eu já tinha trocado futebol por matemática e estava confundindo tudo?
Comecei a conversar mesmo com o gatinho e ele era mais bacana do que eu imaginava. Pense num cara gente fina, com bom papo, inteligente e, além disso, um gato?!

Antes que eu tivesse tempo de pensar em qualquer coisa, o casal já oficial da história, só comentou que estávamos perdendo tempo e que eles podiam servir como espelho... Na tentativa de respirar depois do choque que aquela frase me deu, eu já estava também nos braços daquele homem de 30. Como foi mesmo que aquilo aconteceu?

Em pleno clima bem romântico daquele encontro, me dei conta que já eram quase duas da manhã e que no outro dia eu trabalhava cedo, e a minha responsabilidade que é dona de mim (às vezes até nem queria que fosse) me fez ter um momento de lucidez e decidir que aquele realmente era o momento de ir embora.

Como a noite tinha que terminar de uma forma marcante, na hora do tchau, o fofo olha no fundo do meu olho e diz: “Vai por que quer, né?!”.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Garoto de 20, mulher de 30!

Postado por Téia às 11:57 AM 0 comentários
Já havia passado mais de quatro meses que tinha ficado solteira oficialmente. Literalmente já estava fazendo jus ao meu novo estado civil, mas como toda nova recém-solteira, ainda não estava acostumada com algumas situações que essa liberdade me proporcionava.

Tudo começou quando conheci um carinha, nada mais nada menos, que 5 anos mais novo do que eu. Num primeiro momento eu achei um absurdo, mas não é que a vida tratou de me mostrar que talvez esse seria o momento de mudar meus próprios conceitos?

Conheci o dito cujo numa dessas festas de final de noite, que a gente jamais imagina conhecer alguém e manter um bom papo. Principalmente quando você está com sua galera, curtindo desde cedo e com um nível alcoólico maior do que a legislação de trânsito permite. Ai se naquela época existissem as blitz de alcoolemia... Eu estaria presa, sem carteira e endividada! rs

Trocamos olhares rapidamente, mas achei que naquela altura do campeonato, a última coisa que eu imaginaria era conhecer alguém interessante e trocar um papo. Realmente não havia condição alguma de render nada... eu já estava rendida. Rendida no meio da escada do bar, quando eu realmente estava indo embora. Só foi o tempo de ouvir aquelas palavras no momento certo, para a pessoa certa, sem tempo nem de processar a informação.

Meia hora de papo confuso (o álcool que me diga) e eu realmente estava me fazendo de difícil, até que o guri-atitude disse para que veio. Não só conseguiu um beijo meu, como também o meu telefone. Lógico que não foi a tapada aqui que deu. A outra integrante da recém formada dupla-perigo (vulgo eu e ela), que sabe o quanto sou tapada, aproveitou a insistência do baby e tratou logo de soltar o 9188-xxxx para a torcida!

Não satisfeito com o beijo e com o número, o jovem ainda quis marcar presença como o último dos românticos. Duas horas depois, quando eu já estava nos braços de morfeu (dormindo profundamente), recebo mais uma frase de efeito via SMS: “Me amarrei em você. Adorei cada detalhe”.

Tudo o que eu precisava ouvir para elevar o ego. Só sei de uma coisa... esse papo com o guri papo-cabeça rendeu...

Rendeu por telefone, rendeu por MSN (o encorajador de qualquer papo) e rendeu pessoalmente até o ponto de eu perceber que era um garoto de 21 que estava me fazendo sentir realmente uma verdadeira mulher de 30.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Um simples copo de vinho!

Postado por Téia às 9:35 AM 2 comentários
Sabe quando nós mulheres queremos nos iludir e damos uma de idiota? Pois é. Sabemos fazer isso na maior perfeição do mundo. Fazemos isso com maestria! Não é possível que os homens não consigam enxergar isso e acham que realmente somos ingênuas, imaculadas e inocentes.

Numa bela tarde de domingo, estou em casa relaxando, pensando na vida e arrumando a bagunça do meu quarto, quando o meu celular toca com uma melodia diferente. Demorou tanto de cair a ficha que não atendi na primeira tentativa. Na segunda ligação eu realmente não tive mais dúvida. Fazia muito tempo que não ouvia aquele toque personalizado: Sim, meu ex-namorado ligando para mim.

Minha primeira reação foi querer jogar o celular pela janela, mas como curiosidade de mulher é maior que orgulho ferido, resolvi atender. Uma hora e meia de conversa... Tudo o que quis falar e ouvir no final do namoro, mas que só agora o FDP resolveu abrir espaço para isso. Dei corda até o final só para ter o prazer de dizer tudo o que eu queria, seguido com um NÃO! REALMENTE ESTÁ TUDO ACABADO ENTRE NÓS! De um jeito tão gostoso que nem bolo com recheio de mousse de chocolate batia o sabor daquele momento.

Era realmente um desfeche glorioso para um final de semana que também tinha sido agitado, mas todo aquele “Ego alimentado” não podia ser aliado a um verdadeiro e melancólico final de noite de domingo. Realmente, nada de encarar o resto dele olhando para a TV, regada a uma programação de cortar os punhos e depois de um telefonema daquele! Definitivamente NÃO! Eu iria terminar era na página policial no dia seguinte com a notícia: “Jovem de 26 anos se suicida sem explicação – declaram os pais!”.

Meu pensamento foi tão forte para que algo de bom acontecesse que não é que aconteceu? Um recém paquerinha resolveu me ligar quando eu já estava perdendo minhas esperanças!

Não pensei duas vezes. Aceitei o convite para uma saidinha básica e fui ao encontro da figura. Ao chegar para buscá-lo fui surpreendida com aquele homem com cara de menino vestido de bermuda, chinelo e camiseta. Será que ele estava realmente me convidando para sair? Como ingenuidade de mulher acaba rápido e gostamos de continuar a fingir que somos aquelas reais “norinhas que mamãe pediu a Deus” me fiz de desentendida e apenas encostei o carro como quem iria apenas esperar ele abrir a porta e entrar para que prosseguíssemos o encontro. Foi aí que a certeza virou confirmação... ele realmente não estava preparado para sair e com palavras doces, ditas no pé de ouvido e com voz de veludo ele sugeriu que subíssemos até o AP dele para que pudéssemos resolver aonde iríamos que era o tempo que ele terminava (ou começava) de se arrumar. Por isso que continuo adorando me fazer de ingênua... rs!

Momento Mulherzinha: Tenho 26 anos na cara. Não sou nenhuma menina amarela. Que história é essa de subir no AP de um homem. Ta achando que é assim, é? Já sei até o enredo da novela. Começa com uma boa desculpa e coloca um CD legal para tocar enquanto ele acaba de se arrumar, oferece um copo de água para ser educado, mas emenda a cortesia com um papo gostoso para tirar o foco da saída.
Como o papo realmente começar a render oferece um copo de vinho. Antes que aja a possibilidade de perguntar novamente “para onde vamos?” o copo é novamente reabastecido e o papo, que fica mais gostoso ainda, continua a seguir... Seguindo, conseqüentemente com uma peça de roupa a menos.

Óbvio que disse a ele que era improvável cair nessa conversinha dele. Que o esperava no carro enquanto ele se arrumava e depois íamos decidindo o local no meio do caminho. Ele entrou no carro e me enrolou dizendo que era perigoso ficar ali e que ele realmente precisava terminar de se arrumar. Até que duas situações suspeitas me fizeram acreditar nele e subir até o segundo andar...

Como previa, o Gentlemen me acomodou no sofá e colocou um CD para tocar enquanto ele ia se arrumar. Ah gente, calma. Realmente seria indelicado ficar sozinha na sala, vendo o tempo passar. Antes de ir ao quarto perguntou se eu queria beber ou comer alguma coisa e trouxe uma água mesmo com a minha recusa, pois achou que eu estava com vergonha.

Como viu que eu realmente estava me sentindo constrangida, fez algumas brincadeiras para descontrair e acabamos iniciando uma conversa bacana. Gente, não maldem nada, era apenas uma conversa curta. Curta? Eu falei isso?

Conversa vai, conversa vem, o papo foi ficando mais interessante e a música era cada vez mais propícia àquele momento. Mais o papo ficou tão bom que nem nos demos conta que já haviam se passado mais de 2h de conversa e que em pleno domingo não acharíamos mais nada de interessante aberto ou com alguma probabilidade de entretenimento. Foi ai que ele novamente me ofereceu algo para beber e novamente recusei. Não é que o dito cujo me aparece com uma taça de vinho tinto dizendo que ficaria super chateado se eu não aceitasse?

Para não fazer a desfeita, aceitei. O que é que tinha demais aceitar um copo de vinho no AP do meu paquerinha tarde da noite de um domingo? Não vi nada demais...

É... o vinho estava realmente ótimo e o papo começou a ficar mais gostoso ainda! A música mudou, o olhar dele mudou e eu fiquei muda! O silêncio foi o elo perfeito para o início do melhor beijo que a gente tinha dado naquela noite. O céu começou a ficar mais bonito, a música ficou mais agradável, ele ficou mais cheiroso, o abraço era realmente o que eu precisava, e o melhor: o FPD do meu ex-namorado já não estava mais nos meus pensamentos. Comecei a ficar com calor e tive que tirar o casaco. Ele tirou a blusa. Meu colar partiu, quase caí do salto e foi aí que ele quase tirou meu juízo! Pois é... domingo despretensioso... Uma saidinha básica e eu voltei para casa quase no dia seguinte... Mas era apenas um copo de vinho.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Brincadeira de Criança!

Postado por Téia às 10:21 AM 2 comentários
Primeira festa oficial das amigas solteiras. Todas solteiras! Imagina ai criança em parque de diversão?! Até se a festa não estivesse boa, ia render bons frutos, ou pelo menos boas risadas.

Para apimentar a brincadeira compramos um litro de uísque e outro de vodca para abastecer o juízo. A intenção era apenas alegrar e realmente valeu a pena! Entramos na festa com duas apostas: troféu qualidade e troféu quantidade!

Nos dois primeiros minutos de festa só me restava a possibilidade do troféu qualidade, por que a agilidade das minhas companheiras, viu?! Ayrton Senna perderia o posto...

Não sei se era por que eu estava solteira recentemente e desacostumada a olhar para os homens nas festas, mas aquela festa SÓ TINHA HOMEM. “Assim mamãe não agüenta” (sussurrou uma das meninas). E haja coração. Nunca vi tanto homem bonito por m² e querendo beijar na boca. Aquilo ali não era só um parque de diversão, mas a Walt Disney Brasileira para adultos. Coisa de louco. E eu, ainda na velocidade 1 da paquera, só fazia babar...

Foi nesse momento, babante da história, que me dei conta que não só estava sozinha na festa, como tinha dado fora nos caras mais gatos da minha vida. O que estava acontecendo comigo???? Alguém pelo amor de Deus podia me explicar???? Era a minha chance de ganhar o troféu qualidade e eu passando a vez? Falta de absurdo e profissionalismo!

Mas essa minha equipe de amigas só tinha tetéias, e tetéia que é tetéia nunca perde o estilo. É que nem andar de bicicleta, você pode até achar que não sabe mais, mas é só começar a colocar em prática que suas habilidades voltam...

E foi com méritos e um pé quebrado que minha primeira festa de solteira terminou. Só não me perguntem como torci o pé, por que o uísque não me deixa lembrar...

terça-feira, 23 de março de 2010

Procura-se um príncipe encantado!

Postado por Téia às 10:59 AM 1 comentários
Procura-se um príncipe encantado!

Ultimamente ando pensando bastante sobre essa mudança dos relacionamentos amorosos. Será mesmo que não existe mais príncipe encantado? Então por que as mulheres continuam a se comportar e sonhar como Cinderelas?

Não sou nenhuma mulher perfeita e, sinceramente, não busco a perfeição. Quero ser exatamente a minha espontaneidade e agir como manda o meu instinto. Quero acordar despenteada para ter certeza que o sono valeu a pena, quero batom e salto alto apenas quando me der vontade, quero colo e dengo quando a tristeza bater sem motivo, quero brigadeiro e filme de criança quando a TPM chegar.

Mas acho que sou minoria quando o assunto é buscar a mulher perfeita. Vejo que para ir na esquina comprar pão, passar no shopping para buscar sua irmã mais nova ou até mesmo ir na balada, você precisa estar impecável, se comportar como mocinha donzela e caprichar na chapinha, na maquiagem e no figurino.

Homem quer uma namorada ou uma boneca louça? Sempre os critérios são os mesmos: loira dos olhos azuis, com cara de frágil ou morena do corpão e rata de academia. Todas nos moldes que a sociedade criou como padrão, só para desfilar na frente dos amigos e dizer: esta é A Mulher. Será que ela é mesmo? Será que ela conversa sobre qualquer assunto, faz sexo gostoso, libera para o futebol na quarta-feira, sai com as amigas prá comprar lingerie provocante para o dia dos namorados?

Estou descrente desse jeito por que há pouco tempo conheci um carinha que preenchia todos os requisitos para um excelente namorado. Primeiro critério: tomou atitude. Me achou numa festa, veio puxar papo, conversou antes de querer agarrar, fez charme prá encantar e achou o momento certo para pedir um beijo.

Foi tão diferente do que ando vendo ultimamente que fui capaz de dar o número do meu telefone correto. E ligou no dia seguinte. Ligou, me achou no meio de um bar em pleno domingo e sentou-se à mesa com as minhas melhores amigas, vendo a gente gargalhar com histórias passadas, beber e papear até perdermos a hora. Não se intimidou.

Ligou mais uma vez, foi encontrar comigo na boate no final de semana e conseguiu me convencer de um filme na casa dele duas semanas depois do início deste romance. Não era namoro, nem estava perto disso, mas as saídas, as ligações e a atenção começaram a ser freqüentes.

Mesmo quando não podíamos nos encontrar, sempre chegava uma mensagem ou tocava uma ligação inesperada. Comecei a sentir um carinho especial, inevitável. Combinávamos muito. Tínhamos muita química, muita física, muita matemática, muito português... Muito tudo! Cheguei até a acreditar que realmente estava vivendo um conto de fadas.

Do dia para a noite a criatura sumiu. Desapareceu. Escafedeu-se. Virou fumaça, sei lá. Inexplicável. Reapareceu do nada, com frases doces, saudosas e freqüentes. Eu quis me dar uma segunda chance por entender que todo mundo tem o direito de voltar atrás em alguma decisão...

Tivemos mais dias de diversão, amor e promessas eternas, até me dar conta da mudança de comportamento dele comigo. Comecei a me sentir um “delivery”. Vamos nos ver? “Só se for aqui em casa”. Por que não podíamos ir ao cinema? “Estou cansado”... Quem sabe sair para comer uma pizza??? “Você ta maluca, estou na academia para perder peso”. Tudo bem, tudo bem. Uma praia? Restaurante natural? Show? E o meu telefone nunca mais tocou.

Definitivamente: o que não existe é príncipe encantado! Definitivamente não.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O MSN é melhor que o Orkut

Postado por Téia às 11:01 AM 2 comentários
Seja sincera! Por mais que o orkut proporcione momentos de máximas e já tenha se tornado um evento fixo na programação do seu cotidiano (Ex.: 8:00- Trabalhar/ 18:00 – Faculdade/ 22:12 – ORKUT), não tem nada mais divertido e estratégico do que o MSN.

É fato! 15% dos seus contatos são parentes (primos; irmã; pai; cunhado; etc) – inevitável, 05% são aquelas pessoas que por algum acaso do destino descobriram o seu endereço e te adicionaram (e para você não ser mal-educada você tem que aceitá-las), 35% são realmente as suas amigas e seus APENAS amigos, e os 45% restantes são exatamente aqueles “carinhas” potenciais para um bom desdobramento... (alguns deles sabem disso, outros não).

P.S.: Essa variação percentual também serve para o mundo masculino, com a diferença básica do valor das porcentagens, porque o índice de PP (‘possíveis peguetes’) passam de 45% para 79,9% e o restante acaba com uma divisão mais justa (?) e porcentagens iguais.

Quem é que não entra no MSN contando que vai achar pelo menos um daqueles ABB´s (Amigo Bom de Beijo) da sua lista? Volto a dizer: É fato! Não tem pra onde correr.

As conversas vão das mais estapafúrdias possíveis, até aquelas mais diretas e decisórias: ou já está tudo marcado, ou não rola mais nada. E entre as janelas de conversas, a maior habilidade é estar atenta para que você por engano não escreva uma resposta trocada (convenhamos que sabemos fazer isso muito melhor que os homens).

Agora, vale fazer uma ressalva muito importante: Mulher que é mulher (isso é uma forma mais educada de dizer que não se trata de uma piriguete) não deixa claro nas conversas que a paquera pode rolar. Sempre há um universo de respostas que mais são saídas pela tangente do que uma forma de responder exatamente o que eles querem ouvir. As mensagens subliminares passam a ter um sentido mais instigante! Podem apostar!

Quando somos extremamente diretas nas respostas ou mesmo quando já deixamos ele saber que está ‘tudo garantido’ isso nos faria cair no lugar comum, e ele já saberia que está tudo tão certo, que a programação de uma saída vai ser exatamente quando ele não tiver uma outra opção em vista. E se seu intuito não for exatamente esse, de ser apenas mais uma, essa é a hora de conquistá-lo! O MSN é melhor que o Orkut por isso. Ninguém precisa saber do que está acontecendo! É tudo muito particular (assim esperamos) e você acaba falando coisas que jamais falaria ao vivo, e aí sim essa se torna uma boa oportunidade para investimentos.

Mas Atenção! Não mantenha conversas paralelas com mais de um ‘ABB’ que já esteja garantido! Das duas uma! Ou você fica muito confusa para se decidir e acaba se dando mal, ou você embola o meio de campo e contribui para o aumento do percentual de piriguetes neste mundo em que a *contraproducência dos relacionamentos já está praticamente instalada!

* contraproducente
adj. 2 gén., Que produz ou que prova o contrário do que se esperava.
 

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