sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eu não acredito mais no amor...

Postado por Téia às 10:23 AM 2 comentários

Eu não acredito no amor. Na verdade já acreditei. Sempre me iludi com um futuro regido por uma linda história de amor, como nos livros onde terminam com um “felizes para sempre”. Achei que com a idade que tenho hoje, já estaria casada, com filhos e vivendo uma relação de fidelidade exemplar, como me espelho em Fátima Bernardes e Willian Bonner.

Mas o tempo passou. Passou, amei, “desamei”, me apaixonei, “desapaixonei” e hoje estou assim... Desiludida. Não vivi a grande história de amor que imaginei, nem de perto. Mas amei. Na intensidade que aquele amor me permitiu. Um amor simples, mas sem a voracidade do eterno. E não deu certo por que fui infiel. Infiel aos meus sentimentos, às minhas vontades. Permissiva e passiva, quando deveria ser verdadeira comigo. E foi dessa infidelidade aos meus princípios que me deparei com outro tipo de infidelidade. A física. A que destrói.

Não o culpo pela traição. Todos nós estamos propícios a infidelidade quando não sentimos o verdadeiro amor. Mas que amor é esse que todos dizem que sentem e juram ser eterno? Por que os relacionamentos não estão dando certo? Por que a infidelidade aumenta a cada dia?

Tem poucos dias que descobri meu atual status: traída. Ainda sinto uma dor impossível de transformar em palavras. Não é raiva, nem ódio, mas uma dor de desprezo, de tirar o pensamento, de arrancar o coração. E as pessoas têm percebido isso em mim. Tem me visto introspectiva ao ponto de não mover um músculo de expressão no rosto. E acabei comentando o ocorrido com um amigo e ele me disse com a maior naturalidade que infidelidade faz parte dos relacionamentos de hoje. Que o cara até respeita a mulher que ele escolheu como namorada, mas que de vez em quando precisa de um sabor diferente para apimentar a relação. Que eu devia fazer o mesmo e perdoá-lo se eu realmente gosto dele. Respeito? Aonde?

Então quer dizer que hoje em dia ser parcialmente fiel é tendência? Jóia!

Você é fiel? “Sim, sou sim. 75% fiel a minha mulher.” “Já eu sou 90% ao meu namorado.” “Eu nunca traí, só dei uns beijinhos no carnaval, mas isso não é traição.”

Tive que recorrer ao dicionário, para ver a real tradução da palavra fidelidade, por que já estava entrando num surto psicótico sem fim. Fidelidade não tem meio termo. Ou você é ou você não é. O fato de ter um afair fora do relacionamento é infidelidade e pronto!

E hoje para mim, fidelidade masculina também não existe. Assim como infidelidade é imperdoável. E é por isso que cada dia que passa eu acredito menos no amor. Até por que não existe amar mais ou menos...

Até acho que não vou ficar sozinha. Até acredito que terei meus filhos (produção independente?). E por que a hipocrisia do “seja eterno enquanto dure?” Já sabe que vai durar pouco? Ou que não vai durar para sempre? Não.... eu não estou desistindo dos meus sentimentos, nem estou me bloqueando pro mundo. Só estou deixando meu coração gritar, com uma intensidade capaz de chegar a outros corações tão sensibilizados como o meu.

Desejo felicidade, desejo paz e confiança. Desejo cumplicidade e verdade em todos os sentidos. Desejo que as pessoas amem, de verdade, capaz de fazer esse amor contagiar multidões. Quem sabe eu não volto a acreditar no amor?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dupla Atração

Postado por Téia às 6:50 PM 0 comentários

Feeling... Para uns, é a consciência subjetiva para uma experiência. Para outros é simplesmente ter um feeling e pronto! Para mim é uma coisa que eu nasci sem!

Charme... Qualidade daquele ou daquilo que agrada. De uma forma resumida, é algo que encanta. Vamos trabalhar com a possibilidade que as pessoas já nascem com. Eu, para contrapor essa teoria, nasci sem!

Sorte... Para uns, é quase sinônimo de destino, e supondo que sorte é a possibilidade de alteração de destino de forma positiva, óbvio que eu também nasci sem!

Namorado... Para uns é a instituição de um relacionamento interpessoal que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas. Ufa! Ainda bem que eu nasci com sentimento e capacidade física para práticas sexuais. Mas em relação a namorado, preciso falar alguma coisa?

Sem feeling, sem charme e sem sorte, como é que alguém pode encontrar a pessoa certa para namorar?

A explicação está na filosofia da palavra atração. Que com 7 letras pode mudar o destino de qualquer criatura, inclusive a minha. Quando o significado está relacionado a provocar, suscitar, persuadir eu até me considero atraente. Mas quando passa a significar força de atração por meio gravitacional ou magnética, minha atração é puramente contraditória a teoria da relatividade.

Vá atrair homem comprometido assim, lá na casa do milhar... Nunca vi uma atração tão forte por homens proibidos.

Já rezei, tomei banho de sal grosso, parei de cobiçar o homem alheio, me faço de difícil para não pegar qualquer um... Mas não tem jeito. Volta e meia me vejo em um relacionamento enrolado e quando vou entender o por que da embolação, descubro que não sou nada oficial no status de relacionamento dele, puramente por que o ilustre cara de poste tem outra.

Tento encarnar a mulher moderna e sair da sinuca de bico, mas é exatamente nessa hora que a lei do imã amarrador me prende. Não consigo colocar um ponto final na história. E ela se torna mais instigante ainda, por que tem um sabor de proibido. Fruta doce no pé de pimenta. Coisa louca. Chama acesa. Cama pronta.

Ser amante tem lá as suas vantagens. Fico só com a parte boa da relação. Clima de romance, respeito e cuidados para que o “que há entre nós” fique apenas entre nós. Muita sinergia. Uma verdadeira dupla atração!

Mas como meus princípios falam mais alto, não consigo dar corda por muito tempo, por que quem acaba se enforcando sou eu. Por isso curto umas saídas, renovo minha alto-estima e volto ao meu estado de sempre: Solteira!

sábado, 4 de junho de 2011

Verdades Obscenas

Postado por Téia às 5:40 PM 0 comentários

Eu já comentei em outro texto que eu sou a favor das mentiras sinceras, não é mesmo? Isso por que acredito que algumas mentiras são necessárias para garantir a manutenção da paz em uma sociedade. Além disso, acho que uma das coisas que mais me incomodam na vida é ter que lidar com verdades não solicitadas. Fato: Acho extremamente grosseiro, individualista e indelicado, quando uma pessoa resolve expressar uma opinião sobre a minha pessoa ou minha vida pessoal, ou ainda me contar um segredo cabeludo sem que eu tenha expressado alguma vontade em ouvi-los.

Certa feita, por exemplo, estava eu com uma mega espinha no rosto, fruto de uma TPM daquelas. Deixando a hipérbole de lado (not), eu poderia jurar que a acne mais parecia os restos do meu irmão gêmeo que não conseguiu se separar de mim durante a nossa formação embrionária. A situação estava tão pavorosa que nem 5 quilos de maquiagem conseguiriam disfarçar o problema. Mas como transplante facial naquele momento não era uma opção, me arrumei lindamente e fui trabalhar...

Pausa dramática para uma observação importante: Acho que todo mundo na vida já teve uma colega de trabalho gente ruim, não é mesmo? Daquelas invejosas, criminosas, fofoqueiras, encrenqueiras e todas as outras qualidades que a tornam descendente direta de Satanás. Pois então. Essa pausa foi só para vocês entenderem a situação contextual da história.

Voltando à história... Quando eu chego no trabalho, que eu piso o pé na minha salinha, eis que aparece Talula do Exú Caveirinha em minha frente com aquela voz meiga como a de uma cobra dizendo: “Ô minha linda você já viu que tem uma espinha enorme na sua bochecha?”. Em qualquer outro dia, eu daria risada daquele comentário pensando em quão venenosa podia ser aquela peste. Mas num dia de TPM, daqueles em que você se pega bolando 545 maneiras de fazer uma pessoa sentir dor, aquele comentário jamais iria sair barato eu somente fui capaz de responder com a mesma voz meiga e o olhar carinhoso “Já vi sim minha linda, porque apesar do tamanho avantajado da mesma, ainda não foi detectado nenhum dano à minha visão!”.

Ah! Quer dizer que eu sou obrigada a ouvir esse tipo de comentário imbecil e ainda assim ser simpática e educada? Desculpa, mas para essas situações não trabalhamos com delicadeza.
Se essa espécie de comentário vindo de gente que você despreza já incomoda, imagine vindo de quem você se importa? Homens constantemente agem dessa maneira suicida. A maioria deles gosta de inflar o peito e dizer que conhecem as mulheres, que sabem lidar com elas e que todas são iguais. Porém esquecem um princípio básico da sobrevivência no relacionamento: A sua mulher não tem defeitos!

Sim, todas nós sabemos que isso é mentira. Mas essa é uma mentira que garante a paz e assegura a reprodução e manutenção da espécie humana. Afinal de contas, existe arma mais poderosa para a mulher do que a greve de sexo?

Portanto meus queridos, nada de apontar defeito na linda. E se a fofa que estiver com você perguntar se está gorda, minta. Minta com a consciência limpa de que você está fazendo a coisa certa.

Certa feita eu arranjei um paquera que falava tanto que dizia o que não devia. Esse é o tipo de pessoa que prepara a própria forca. Porque convenhamos, você sai de casa toda linda, cheirosa e o cara não faz nenhum elogiozinho sequer. Aí de repente, quando você acha que não pode ficar pior, o cara olha para você e diz “Mô, sua mão é enorme, né?”. Esse, porque era paquera recente escapou vivo. Mas se é um namorado ia receber a seguinte resposta: “Pois é, é inversamente proporcional ao tamanho do seu pênis.”. Com certeza isso iria chocar o jovem e aí ele me perguntaria “Você está querendo dizer que meu pênis é minúsculo?” E eu: “Bom, minúsculo talvez não, mas eu já tive uns tantos outros beeeeeeeeeeem maiores.”

Pronto, matou o cidadão. Você jogou na cara dele as informações que nenhum homem quer saber. Primeiro que o pênis dele não é tão grande o quanto ele pensa, e segundo que você tinha uma vida sexual ativa antes de conhecê-lo e terceiro e mais ameaçador, que as suas antigas merendas eram mais bem dotadas do que ele.

Tá vendo que as minhas alegações fazem todo sentido? Portanto gente vamos pensar direitinho antes de falar, ok?
 

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