domingo, 31 de julho de 2011

O garoto é pontual

Postado por Téia às 12:38 PM 0 comentários
Hoje estou me sentindo uma pré-adolescente saindo no primeiro encontro. Três horas para arranjar uma roupa e mais umas cinco fazendo a maquiagem, trocando os acessórios e revisando tudo no espelho. Tudo isso porque vou sair para jantar com um paquerinha novo . O frio na barriga de ansiedade e timidez estão falando mais alto e eu não consigo pegar o elevador para descer.

Eu achava que tirava isso de letra, até me dar conta que faz pelo menos 2 anos que não tenho um encontro assim. É a cara da riqueza gente. Vou sair para jantar. Conheci o gatinho na semana passada e não só já trocamos umas 10 mensagens, como ele me convidou para sair no primeiro contato pós-festa.

Aceitei, lógico. E passei esses dias todos me preparando para esse jantar, para chegar agora e ver que nenhum preparo ajuda nesses últimos minutos antes da chegada do dito-cujo. Pois é. Esse é o outro grande detalhe da história. O menino é um cavalheiro e marcou de me buscar em casa. Eu que não acredito no amor estou até acreditando que ainda há resquícios de romantismo no mundo.

A pior parte ainda estar por vir. Como eu viro uma vara verde quando estou à sós com um homem que não conheço muito, tenho certeza que vou pagar algum mico durante a noite. Então usei de dois artifícios extremamente importantes para amenizar o encontro e sair bem na fita pelo menos uns dez minutos num momento como esse. Passei minha última hora lendo tudo o que é de notícia interessante no mundo. Por que na frente de um homem bonito eu tenho que dar uma de inteligente. E combinei com minhas amigas para elas me ligarem durante o jantar. Não que vá atrapalhar nada. Mas com as ligações delas eu passo pelo menos uns minutinhos enrolando o gato, cabulando a vergonha e gastando meu nervosismo com assuntos adversos.

As tetéias precisam de uma saída pela tangente como essa para recuperar o fôlego e conquistar o gato na pureza do momento. Não é nada fácil, acreditem. Ainda mais para uma veterana madura e solteira como eu.

E esqueci de contar a melhor parte. Temos um plano para qualquer eventualidade. Se o encontro estiver bom, tenho que dizer em algum momento da ligação que eu vou encontrá-las amanhã para um sorvete (não liguem mais, pois o encontro está bom), caso contrário, preciso desmarcar a praia por que vou ter um compromisso profissional (código para elas inventarem um pretexto para eu voltar para casa).

Agora faltam exatamente 8 minutos para eu explodir de adrenalina e encarar o jantar. Como eles (os 8 minutos) serão eternos, preciso ir retocar a maquiagem que acabou de derreter por conta dessa agonia.

Nossa... meu celular está tocando... mas como assim? O garoto é pontual??????

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tamanho é Documento

Postado por Téia às 10:05 PM 1 comentários

Quem diz que tamanho não é documento, não conhece o poder de um salto alto! É muito mais que um estado de espírito. É um poder concedido às mulheres capaz de fazê-las alcançarem os mais grandiosos desejos!

Já se passaram alguns meses de uma experiência temporariamente interessante e previsivelmente passageira. Comecei a sair com um paquera mais baixo que eu. A primeira providência foi comprar uns 3 pares de rasteirinhas e uma sandália de meio salto, afim de acompanhar a altura do meliante. A segunda providência foi começar a sugerir lugares onde eu pudesse usar aquele novo acessório do armário, sem comprometer a minha estatura na sociedade. A terceira providência foi convencê-lo que se ele quisesse continuar o romance, ele teria que aceitar sair com uma mulher mais alta. Vaidosamente mais alta.

Ele aceitou todas as propostas até o dia eu que usei meu salto 15. Um verdadeiro mulherão! Hahahaha Chamamos mais atenção que saia de piriguete. Mas foi uma sensação inesquecível! Foi a primeira vez que não fiquei inibida na frente de um paquerinha novo. Aquele salto me deu uma segurança que não tinha crise existencial que me derrubasse.

Além de estar me sentindo muito bem, por que o salto sempre me dá uma sensação dessas, comecei a ver que os caras mais altos começaram a me olhar diferente. Com mais charme, com mais sedução. Parecia que eu não estava acompanhada e que se considerassem essa hipótese, era muito fácil meu pequeno pônei perder o posto para eles.

Nunca vi tanto homenzarrão me olhando daquele jeito! Naquele instante consegui compreender que um salto não era só mais um luxo da roupa feminina. Era praticamente um processo seletivo da paquera. Claro, que nesse dia meu encontro romântico não durou nem uma hora. Mr. Mirim se sentiu logo incomodado com tantas olhadas alheias que tratou de pedir a conta e providenciar uma saída triunfante do restaurante.

Aquele momento tinha sido decisivo para mim. Eu precisava de um cara grande! Moreno alto, bonito e sensual. Essa mudança estratégica tem mudado minha rotina baladeira. Bastou saber qual a programação do dia para começar a escolha do salto. Fino, grosso, grande, pequeno... Se eu não estiver no clima de paquera, qualquer tamanho serve. Se for uma festinha só para constar, qualquer finou ou grosso cai bem, mas se é A FESTA, preparem-se!!!!!! Usarei meu salto do poder: o maior!

E agora não tem mais estresse. Como ando com uma equipe do meu top (leia-se “só mulheres altas”) o critério da festa já começa pela nossa entrada. Apenas alturas compatíveis ou mais altas entram no páreo para um possível papo! Somente os mais altos que nós são acessíveis à conversas. E os selecionados... ai... os selecionados... não preciso nem dizer, né?! Afinal... tamanho é atestado, certificado, declaração, documento... Dêem o nome que quiser!
 

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